INVESTIGAÇÃO

Comissário aposentado foi vítima de latrocínio, diz Polícia Civil

Informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta terça-feira (13). Um suspeito do crime foi preso na segunda (12)

JC Online
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Publicado em 13/11/2018 às 17:39
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta terça-feira (13). Um suspeito do crime foi preso na segunda (12) - FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Civil
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A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira (13), que a morte do comissário aposentado José Tadeu, de 59 anos, no dia 1º de novembro, está sendo investigada como latrocínio. Um suspeito de envolvimento no crime foi preso nessa segunda-feira (12).

"Descartamos totalmente [execução]. Tudo indicava desde o começo que seria um crime de latrocínio, que é assalto seguido de morte", explicou o delegado Carlos Couto, titular da 4ª Delegacia de Homicídios.

Suspeitos do crime

A Polícia Civil conseguiu chegar aos dois principais envolvidos no crime. Um deles, identificado como Emerson José de Lima Lopes, 21 anos, foi preso nessa segunda-feira (12). 

"Nós já tínhamos a identificação dele desde a sexta-feira (9), mas somente ontem, conseguimos a localização de onde ele estava escondido e também a informação de que ele estaria com a arma que foi subtraída do comissário José Tadeu", disse o delegado.

Em depoimento, segundo a polícia, Emerson confessou a participação no crime, mas disse que foi contratado pela organização criminosa apenas pela habilidade de dirigir veículos de câmbio automático. A quadrilha tinha sido contratada para roubar um carro do modelo Corola ou Civic. De acordo com o delegado, pelas imagens é possível perceber que Emerson participou ativamente do assassinato e que, provavelmente, é o autor do disparo contra José Tadeu.

"Segundo uma das testemunhas, o comissário teria segurado o 'tambor' da arma, para impedir que ele efetuasse o disparo ou até mesmo evitar o assalto", contou o delegado. "O suspeito teria alertado o outro individuo que também estava armado e nesse momento, teria partido o disparo que, provavelmente, foi efetuado pelo Emerson, pela posição da abordagem. A certeza só vai ser após a conclusão do inquérito policial", disse.

Emerson, de acordo com a polícia, ainda contou que após o crime, levou o veículo de José Tadeu para a BR-101, próximo a Vila dos Milagres, onde ganhou R$ 1.500. Ele recebeu a ordem da queima após a entrega e com outras duas pessoas, levou o carro até o final da Avenida Abdias de Carvalho com a Avenida Recife, no bairro de Torrões. Ele teria arranjado as queimaduras de terceiro grau durante o incêndio. O carro foi encontrado no sábado (3).

No entanto, o delegado diz que a afirmação do suspeito entra em contradição com a investigação da polícia, que já possui uma linha bem consistente de todo o percusso realizado pelos suspeito com o carro do comissário. "A gente já tem a identificação das pessoas envolvidas, uma delas seria um motorista de aplicativo", finalizou. A polícia acredita que Emerson seja integrante de uma organização criminosa muito maior, com envolvimento em tráfico de drogas. Ele tinha sido preso por posse ilegal de arma de fogo, mas foi liberado em audiência de custódia.

Foragido

Leandro Carlos dos Santos, 29 anos, é apontado como o segundo suspeito do crime e está foragido.

Na madrugada do dia 3 de novembro, dia em que o carro roubado no latrocínio foi encontrado carbonizado nos Torrões, Zona Oeste do Recife, um homem foi conduzido ao DHPP para averiguações, mas não foi reconhecido pela testemunha que estava com o comissário e acabou sendo liberado.

O crime

O comissário foi vítima de latrocínio na tarde do dia 1º de novembro. O carro que  ele dirigia foi abordado na Rua Otaviano de Almeida Rosa, em San Martin, Zona Oeste do Recife. Ele foi atingido por um disparo de arma de fogo nas costas e teve o carro roubado pelos suspeitos.

José Tadeu chegou a ser levado para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Cordeiro, também na Zona Oeste do Recife, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo foi enterrado na tarde de 2 de novembro, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

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