A Polícia Civil inaugurou, nesta segunda-feira (10), a sede do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco). O novo departamento vai funcionar na Avenida Liberdade, bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, no mesmo local onde funcionava a antiga Delegacia de Roubos e Furtos.
Estiveram presentes na cerimônia o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua; o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Amaral; e a delegada titular da Draco, Sylvana Lelis. Para o secretário, a inauguração do departamento é continuidade de processo de ampliação do combate à corrupção no Estado.
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Mais delegacias
“O Draco faz parte de um projeto muito maior, com a inauguração de duas delegacias contra a corrupção em em 2018, duas no interior para o ano de 2019, mais duas em 2020 e outras duas em 2021, totalizando oito delegacias”, enumerou Antônio de Pádua. “Com o projeto, os policiais civis serão capacitados junto a outros órgãos de combate à corrupção, como a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público”, explicou.
O Grupo de Operações Especiais (GOE), que era especializado nas investigações de sequestros, agora conta com uma nova atribuição. “O GOE vai investigar, também, a corrupção dentro de das organizações policiais”, concluiu o secretário.
Segundo Joselito Amaral, o novo departamento é um “marco histórico”. “O Draco nasce forte, com duas operações deflagradas em um mês de funcionamento, mais de R$ 90 milhões serão ‘repatriados’ ao Estado com estas investigações”, afirmou o delegado.
Uma das operações em curso é a Chaminé II, que apura um esquema de desvio de recurso público na Câmara de Vereadores do Paulista. “Nesse caso, os desvios ultrapassam o R$ 5 milhões de reais”, relatou Amaral.
A chefe do Draco, delegada Sylvana Lelis, afirmou que o departamento vai funcionar “em pleno vapor” a partir de janeiro de 2019. “O planejamento dava conta dessa integração até o mês que vem, e está sendo cumprido”, atestou. Questionada sobre a autonomia do novo departamento para investigar toda a atividade pública, a delegada afirmou que o Draco vai funcionar com imparcialidade . “A Polícia Civil é uma instituição bicentenária, que pertence á sociedade pernambucana, e cuja missão é inibir, coibir e reprimir toda a corrupção dentro do Estado”, disse.
As investigações ainda em curso, antes do Draco começar a funcionar, foram encaminhadas ao Ministério Público de Pernambuco. “O que o MP entender que necessita de mais trabalho de investigação, volta para a Polícia Civil”, assinalou Lelis.