O último caso polêmico envolvendo padrasto e enteada em Pernambuco aconteceu em junho de 2015, quando a jovem Maria Alice Seabra, 19 anos, foi sequestrada, estuprada e morta pelo pedreiro Gildo da Silva Xavier. O acusado passou por júri popular em maio deste ano e foi condenado a 35 anos de prisão. Na época, Gildo confessou sentir atração pela enteada desde que ela tinha 16 anos. O crime foi premeditado.
O pedreiro criava Maria Alice desde que ela tinha quatro anos de idade. Pouco antes de morrer, a vítima descobriu que o padrasto estava traindo sua mãe e, por isso, evitava contato com ele. Além do sentimento que nutria pela jovem, Gildo confessou que uma tatuagem que a garota havia feito com o nome do pai, já falecido, também teria motivado o crime.
Para executar o plano contra a enteada, Gildo inventou que ter conseguido uma entrevista de emprego para ela na cidade de Gravatá, Agreste do Estado. No dia do sequestro, alugou um veículo e pegou Maria Alice na casa da família, no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, prometendo levar ao local da entrevista. No caminho do suposto compromisso, seguiu pela BR-101 em direção ao município de Paulista, Grande Recife. Nesse trajeto, o acusado dopou, violentou e matou a jovem.
Canavial
O corpo de Maria Alice foi encontrado cinco dias depois, em um canavial em Itapissuma, também na Região Metropolitana do Recife. A mão esquerda da garota foi decepada pelo padrasto.
Gildo era casado com a mãe de Maria Alice há 15 anos. O pedreiro foi condenado por quatro crimes, sendo 17 anos e seis meses pelo crime de homicídio qualificado, três anos e seis meses em razão do sequestro, 12 anos por causa do estupro e dois anos pela ocultação de cadáver.