Morreu, no fim da noite dessa terça-feira (23), um homem suspeito de participar do assalto que terminou com o assassinato do empresário Mário Cavalcanti Gouveia Junior, de 79 anos, na madrugada do mesmo dia, no quilômetro 17 da Estrada de Aldeia, em Paudalho, Zona da Mata de Pernambuco. O suspeito, que havia sido baleado, passou por cirurgia no Hospital Otávio de Freitas (HOF), no Sancho, na Zona Oeste do Recife, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o corpo do suspeito foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), em Santo Amaro, área central do Recife.
Mário Cavalcanti teria reagido a uma investida criminosa e trocado tiros com bandidos que tentavam roubar uma coleção de armas guardada por ele em sua casa, que fica dentro do terreno do parque aquático Águas Finas, do qual o empresário era dono. Na ação, Mário acabou baleado, foi levado a um hospital particular do Recife, mas não resistiu.
Perícia
A casa do empresário e o entorno do parque Águas Finas foram vistoriados por equipes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri). Helicópteros da Secretaria de Defesa Social (SDS) também sobrevoaram o local. A polícia encontrou cápsulas de fuzis dentro e fora da casa, na rua e perto da bilheteria do parque aquático. As imagens das câmeras de segurança do local devem ajudar nas investigações.
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Carros encontrados
Dois veículos que podem ter sido utilizados na ação foram encontrados nessa terça. Um dos carros foi achado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, com manchas de sangue no banco do motorista e sinais de que os criminoso tentaram incendiar o automóvel. No começo da tarde da terça, o outro veículo foi encontrado em uma área rural do distrito de Guadalajara, em Paudalho. Com placa do Recife, o carro estava completamente carbonizado.
Sepultamento
Parque de luto
Após a morte do empresário, o parque aquático Águas Finas, do qual ele era dono, não abriu as portas nesta quarta-feira (24) depois de muito tempo sem fechá-las. Na manhã desta quarta, poucos funcionários haviam ido ao estabelecimento, que decretou luto por três dias. “São três dias de luto e depois disso que (os filhos do empresário) vão resolver se vão abrir o parque ou se vão deixar fechado”, disse um dos empregados do parque.
No local, o clima de tristeza tomou conta de familiares, amigos e funcionários do empresário. “Ele era uma pessoa muito boa. Foi uma tragédia o que aconteceu aqui ontem (terça, 23)”, disse o funcionário.