Um grupo de pernambucanos denunciou ter sofrido um calote da empresa Time2 Travel (T2T), que é uma agência de intercâmbio de São Paulo. Nesta terça-feira (25), os jovens prestaram queixa na Delegacia de Repressão ao Estelionato, no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife. A Polícia Civil está investigando o caso.
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Entre as pessoas lesadas, que iriam para a Irlanda estudar, um casal, que não quis ser identificado, já teria pago R$ 3.780,00 para a empresa. Os jovens de 25 anos almejavam estudar, trabalhar e futuramente se firmar no país, mas no dia 17 de junho foram surpreendidos ao receber a noticia de que a empresa não iria conseguir cumprir o contrato.
"Em um dos grupos de Whatsapp alguns clientes já começaram a constatar que eles estavam em um situação financeira complicada", relatou um dos jovens.
Prejuízo de R$ 37 mil
Entre as pessoas mais prejudicadas, está uma mulher, que não quis ser identificada, que teria pago cerca de R$ 37 mil para que a filha passasse oito meses estudando na Irlanda. Segundo ela, dentro desse valor estaria incluso "passagens aéreas, três semanas de hospedagem, curso em uma escola de Dublin, seguro de vida e seguro-saúde".
De acordo com as vítimas, a empresa não está respondendo os e-mais e as ligações telefônicas.
Empresa
A T2T diz ser uma agência de planejamento de intercâmbios que atua há anos no mercado brasileiro. Ainda na página, a empresa relata que começou os serviços em 2011, em Belo Horizonte e que em pouco tempo tornou-se líder na venda de passagens aéreas com tarifa estudantil.
A agência possui bases na Irlanda (Dublin, Cork e Galway), Brasil (São Paulo e Belo Horizonte), Austrália (Sydney), Bolívia (Santa Cruz de La Sierra) e México.
A agência Time2 Travel (T2T) foi procurada pela reportagem do Jornal do Commercio para explicar o caso, mas até o momento não enviou nota alguma.
Nota oficial
Na página principal do site da T2T, a empresa já começa informando que tem um comunicado importante. Com o decorrer do texto a agência de intercâmbio relata que está sem forças para seguir por causa do momento "desfavorável da economia".
"Neste momento tão desfavorável de nossa economia, buscamos forças para enfrentar o nosso presente com soluções concretas e trabalhamos para resolver os problemas causados pela paralisação temporária dos negócios da agência.
Para isso, informamos que reunimos uma equipe multidisciplinar que, a partir deste momento, irá trabalhar em nossa reestruturação, empenhada exclusivamente na resolução da crise que hoje enfrentamos.
Estamos trabalhando arduamente em negociações e parcerias estratégicas, sobretudo com agências que podem absorver, imediatamente, pelo menos 60% dos estudantes lhes garantir continuidade aos programas que já estavam inicialmente previstos, desde a última semana."