MORRO DA CONCEIÇÃO

''Ele está bem'', diz pároco sobre seminarista que teve R$ 45 mil roubados da Festa do Morro

Seminarista ligado ao Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Conceição foi vítima de um sequestro relâmpago no estacionamento de um banco, nesta segunda-feira (9)

JC Online
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Publicado em 09/12/2019 às 19:45
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Seminarista ligado ao Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Conceição foi vítima de um sequestro relâmpago no estacionamento de um banco, nesta segunda-feira (9) - FOTO: Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Em entrevista coletiva no fim da tarde desta segunda-feira (9), o padre Luis Rodrigues, pároco do Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da Conceição, detalhou o sequestro relâmpago sofrido nesta segunda-feira (9) por um seminarista que tinha ido à uma agência bancária depositar dinheiro arrecadado durante a 115ª Festa do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife.

O seminarista foi abordado por dois criminosos no estacionamento de um banco na Estrada do Arraial, em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, e liberado na BR-101. Ele e outra pessoa ligada ao santuário chegaram à agência por volta das 12h. A mulher entrou com parte do dinheiro para depósito e ele ficou aguardando no carro com outra parte.

“Ele está bem, não sofreu nenhuma violência, mas foi obrigado a ficar agachado no banco de trás, quando duas pessoas entraram no veículo. Ele ficou o tempo todo com a cabeça abaixada. Quando chegou em um determinado lugar [BR-101], foi orientado a ficar em torno de dois minutos parado, até que eles fugissem. Ele escutou ruído de veículo nas redondezas, possivelmente, esse veículo foi acompanhando. Parece, sim, que foi alguma coisa mais organizada, planejada”, relatou do pároco. 

Os criminosos fugiram com R$ 45 mil. O dinheiro que estava com a mulher não foi roubado. O sequestro durou entre 40 minutos e uma hora, segundo o padre.

O dinheiro arrecadado na Festa do Morro, por meio de doações, ofertas e venda de materiais religiosos, é empregado em obras sociais e na manutenção do santuário. A quantia total deste ano não foi informada. “O dinheiro é da comunidade. Nós administramos no sentido de melhoria do próprios espaço celebrativo e das obras sociais da paróquia”, explicou o pároco.

O custo mensal do santuário, que atende as comunidades de São Domingos Sávio, Santa Ana, Perpétuo Socorro, São João Batista e São José Operário, está entre R$ 30 mil e R$40 mil.

Investigação policial

Segundo a delegada Lídia Barci, da delegacia de Casa Amarela, é possível afirmar categoricamente que os criminosos tinham informações privilegiadas sobre o dinheiro. “Podemos falar categoricamente que teve uma informação privilegiada. É onde a polícia vai se concentrar agora, além das diligências como câmera de segurança, imagens de circuito e oitiva de testemunhas”, disse.

O caso deve seguir para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri). “O desfecho deve ser dado pelo Depatri, provavelmente pela quantia de dinheiro ser, em tese, mais de 40 salários mínimos, e também para caso seja necessário uma investigação ainda mais profunda. O Depatri é especializado em roubos e furtos e pode atuar de uma maneira mais rápida e eficaz”, acrescentou a delegada.

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