CASO FLANIO

Adiado julgamento dos suspeitos de matar criança em suposto ritual satânico no interior de Pernambuco

Flanio da Silva, de 12 anos, foi abusado sexualmente e degolado; esta já é a terceira vez que o júri não acontece

Katarina Moraes
Cadastrado por
Katarina Moraes
Publicado em 23/01/2020 às 10:18
Foto: Blog Agreste Notícia/Reprodução
Flanio da Silva, de 12 anos, foi abusado sexualmente e degolado; esta já é a terceira vez que o júri não acontece - FOTO: Foto: Blog Agreste Notícia/Reprodução
Leitura:

atualizada às 10h35

O julgamento dos acusados de matar o garoto Flanio da Silva em um suposto ritual satânico, no município de Brejo da Madre de Deus, Agreste de Pernambuco, foi adiado para o dia 27 de janeiro, devido à ausência de uma defensora pública.

Anteriormente, o júri estava marcado para esta quinta-feira (23) na quarta vara do Fórum Thomaz de Aquino, no Centro do Recife. A criança de 12 anos foi abusada sexualmente e degolada com um torniquete, em julho de 2012.

Esta já é a terceira vez que o júri não acontece. A família, que mora no Agreste, há quase 200 quilômetros do Recife, confessa que, além do desgaste emocional, há o gasto financeiro com o deslocamento até à capital. 

Os suspeitos de participar do crime são Genival Rafael da Costa, de 62 anos; Maria Edileuza, de 51 anos; Edinaldo Justo dos Santos, de 33 anos e Edilson da Costa Silva, de 31 anos.

» Revoltados com crime macabro, moradores destroem casas em Brejo da Madre de Deus

Relembre o caso

Flanio Macedo estava desaparecido desde o dia 1º de julho de 2012, quando saiu de casa, na Travessa Ana Maria da Conceição, por volta das 6h, para carregar frete na feira. Depois de procurar a polícia e a imprensa, parentes souberam que ele tinha sido visto na Zona Rural empurrando a carroça e na frente um homem, em uma bicicleta.

O corpo do menino foi encontrado em estado de decomposição oito dias depois, num local de difícil acesso, no Sítio Camarinhas, em Brejo da Madre de Deus. Flanio Macedo estava com a cabeça a cerca de um metro do corpo e sem os olhos. Seus braços e pernas foram amarrados e ele estava sem roupas. 

Perto do corpo havia objetos usados em rituais, como bonecos vodus, penas, ossos, velas, panelas e comida. A carroça com que o menino fazia frete também estava no local, que segundo a polícia, é conhecido em rituais de magia.

Investigações posteriores comprovaram que a criança sofreu violência sexual por cerca de 20 minutos antes de morrer. No ritual, teve o pescoço apertado por um torniquete de madeira até a cabeça se separar do corpo.

Últimas notícias