Urbanismo

Salgueiro enfrenta problemas de mobilidade

Trânsito da cidade sertaneja será municipalizado

Do JC Online
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Publicado em 08/11/2014 às 14:01
Nildo Santos/Especial para o JC
Trânsito da cidade sertaneja será municipalizado - FOTO: Nildo Santos/Especial para o JC
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SALGUEIRO – Não é só na capital do Estado que os problemas de mobilidade urbana afetam a rotina da população com o crescimento da frota de veículos e a falta de infraestrutura que acaba travando o trânsito. No interior, principalmente nas cidades com mais de 60 mil habitantes, a situação já começa a mobilizar as autoridades em busca de soluções. Salgueiro, no Sertão Central, a 518 quilômetros de Recife, é um exemplo disso, tanto que vem investindo no processo de municipalização e já prepara uma série de intervenções até o começo de 2015 para amenizar engarrafamentos e melhorar fluxo de veículos.

Os problemas começaram ao longo da última década, com a chegada de grandes obras na região, como a transposição do São Francisco, a transnordestina e investimentos privados que atraíram pessoas de outras regiões. Nesse período, o número veículos (carros e motos) quase triplicou. Em 2003, a frota era de cerca de 7 mil e hoje ultrapassa a casa dos 25 mil. Circular pelas Avenidas Antônio Angelim e Agamenon Magalhães, que cortam todo o centro até o bairro da Bomba, fica cada vez mais complicado nos horários de pico.

“Nessas avenidas não há como estacionar e aí começa a procura por espaço. O trânsito piora, trazendo barreiras para motoristas e pedestres”, comenta Maurício Freire, motorista de uma empresa de engenharia. Daí surgem irregularidades como filas duplas, desrespeito à sinalização, etc.

A situação fez a Prefeitura mobilizar representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), comerciantes, vereadores e profissionais de outras áreas para discutir o novo plano de mudanças no sistema de trânsito e implantar a municipalização, prevista por lei desde 2011.

Engenheiros do Detran realizaram um levantamento de todas as vias urbanas. A licitação do projeto de sinalização vertical e horizontal já está sendo conduzida pelo órgão. Segundo o prefeito Marcones Libório de Sá, o primeiro passo permitirá o planejamento da nova sinalização horizontal e vertical, reordenação da nova pavimentação das avenidas, estacionamento, e mais adiante, a implantação do Zona Azul. 

A Antônio Angelim, por exemplo, que por mais de 50 anos manteve dois sentidos em seu fluxo, passará a ser mão única. Com isso, os canteiros centrais da avenida – onde funciona o Shopping Salgueiro, serão retirados juntamente com os postes e o semáforo. A Rua Francisco Correia, uma das mais estreitas para os técnicos, também será ser mão única no sentido centro-Prado. Outra mudança feita como forma de melhorar a fluidez de veículos foi e retirada da feira livre que ficava em frente ao mercado público. Os vendedores foram levados para a Rua Otoni Nogueira, perto da CDL.

“As intervenções da Compesa têm trazido transtornos, mas na medida em que forem concluídas até o próximo semestre, vai melhorando todo o fluxo de automóveis na cidade”, ressalta o prefeito. Segundo ele, assim que as obras da troca de tubulações forem concluídas toda pavimentação asfáltica será trocada. Ruas que ainda são calçadas com paralelepípedo serão asfaltadas. 

A secretaria de Serviços Públicos vai licitar equipamentos, fardas e veículos para os agentes já aprovados em concurso. O presidente da CDL, João Gomes, ressaltou que a reunião com a prefeitura foi importante para que a comunidade lojista compreendesse as mudanças e avaliasse os impactos futuros. Para ele, a municipalização e organização de toda área urbana vai influir de forma positiva no comércio. A Prefeitura quer abrir mais faixas de rolamento e estacionamentos para favorecer a mobilidade e a fluidez principalmente na área do centro.

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