A quantidade de trotes passados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolitano caiu neste ano para 30%. A porcentagem é a média histórica do Estado, mas ainda preocupa o serviço, que já chegou a receber 90% de ligações falsas quando começou a funcionar, em 2006.
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O coordenador-geral do Samu Metropolitano, Leonardo Gomes, em entrevista à Rádio Jornal, explicou que os trotes são os maiores inimigos do serviço. "O trote ocupa a linha, ocupa uma equipe, eu posso deslocar uma equipe até um bairro da cidade e quando chega lá, não aconteceu nada e alguém que precisou não pode ser atendido porque a equipe estava ocupada."
Leonardo Gomes ressaltou que os meses de julho e janeiro são mais preocupantes em relação aos trotes por causa das férias escolares e a população pode ajudar no combate a pratica, que é crime, orientando suas crianças.
Sobre as punições que podem ser aplicadas a quem passar trote, o coordenador disse que geralmente é díficil fazer a identificação. "A dificuldade é configurar o flagrante, as vezes é um telefone público ou um celular pré-pago que não tem identicação. Quando conseguimos identificar quem fez aquele trote, a gente faz a queixa para a polícia fazer a investigação", explicou.
Em Minas Gerais, segundo o profissional, uma pessoa recebeu uma pena alternativa por ter praticado trote e teve que lavar uma ambulância. "Isso é muito exemplar e bem pedagógico porque a pessoa ocupou um serviço de emergência", completou.
O Samu Metropolitano cuida de 62 cidades do Estado e atende pelo 192.