Solidariedade

Casa de recuperação de dependentes químicos precisa de doações

Instituição precisa de doações para custear aluguel de imóvel e alimentação

Da editoria de Cidades
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Publicado em 27/10/2017 às 10:20
Foto:  André Norões/Divulgação
Instituição precisa de doações para custear aluguel de imóvel e alimentação - FOTO: Foto: André Norões/Divulgação
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Há quatro anos, depois de sair de seu segundo internamento, o ex-dependente químico Ronaldo Ritinto fundou um projeto que mudaria a sua e tantas outras vidas: a Casa de Recuperação Recomeçar (CRR), organização não governamental (ONG) voltada para o tratamento de homens dependentes químicos. A instituição funciona em Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, numa chácara emprestada de um amigo de Ronaldo, que acreditou na iniciativa. No entanto, este ano o dono do terreno solicitou o espaço de volta. Até dezembro, o centro de apoio deve se mudar para Itamaracá. A grande diferença é que agora eles terão que pagar aluguel, no valor de R$ 800.

Hoje, 14 jovens estão na Casa de Recuperação Recomeçar em tratamento. Com a situação difícil que enfrentam, muitos não possuem o apoio de ninguém fora da ONG. "Algumas pessoas têm família e colaboram com a taxa mensal. Outros não têm a quem recorrer e são de renda muito baixa. Então a gente não deixa de atender. Tem que fazer esse trabalho também; não dá para ajudar só quem pode pagar”, Ronaldo destaca.

Além da questão do aluguel, existe a preocupação com o custo da alimentação. Por causa do alto preço da comida, essa é a maior carência que enfrentam. O pouco arrecadado na mensalidade não cobre o valor das refeições de um mês inteiro. "Lá pelo dia 20 começa a faltar. É muita refeição. Sem as doações, não dá para virar o mês", ressalta.

Renascimento

O apoio na Casa de Recuperação Recomeçar pode durar de seis a nove meses, tempo que Ronaldo compara a uma gestação. “Você estava morto, física e espiritualmente. E então você nasce de novo.” O método utilizado é a desintoxicação natural. O enfoque é nas atividades físicas, presente na rotina dos pacientes, enquanto capinam ou jogam futebol. “A toxina sai no suor. Com exercício também se bebe mais água, se urina mais. Então, a toxina é eliminada na urina também", acredita. De base cristã, a ONG também faz uso da religiosidade como recurso terapêutico. "A gente trabalha muito com a fé aqui, a fé em Cristo. Isso traz paz, preenche um vazio", conclui. 

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