LÁBIO LEPORINO

No Imip, homenagens encerram a IV Semana de Fissura Labiopalatina

Na ocasião, profissionais, pais e pacientes puderam discutir a importância do trabalho realizado no Centro de Atenção aos Defeitos da Face do Imip

JC Online
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Publicado em 19/10/2018 às 14:51
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Na ocasião, profissionais, pais e pacientes puderam discutir a importância do trabalho realizado no Centro de Atenção aos Defeitos da Face do Imip - FOTO: Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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Com muitas homenagens e agradecimentos foi encerrada nesta sexta-feira (19) a IV Semana Nacional de Fissura Labiopalatina, idealizada pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira em parceria com a ONG Smile Train, que atua há 19 anos no apoio à crianças nascidas com fissuras nos lábios ou no palato, condição popularmente conhecida como Lábio Leporino. Durante os sete dias de evento, foram realizadas cirurgias, ações educativas, debates e até ensaio fotográfico com os pequenos pacientes.

Na cerimônia de encerramento, pacientes, pais e profissionais puderam homenagear a equipe que integra o Centro de Atenção aos Defeitos da Face do Imip (Cadefi) e discutir a importância do trabalho que vem sendo realizado nestes 16 anos do setor. Estiveram presentes o cirurgião plástico e coordenador do centro, Rui Pereira; a diretora da ONG Smile Train na América do Sul, Mariane Goes; o fundador da Casa Sorrir, Eduardo Mendonça; e Luiza Pannunzio, criadora da rede As Fissuradas, que apoia mães com filhos nascidos com fissuras na face. No final do evento, a Orquestra Cidadã fez uma apresentação que emocionou os participantes.

“Nós não temos como agradecer tudo o que a equipe do centro sempre fez. Os profissionais, desde o Cadefi até o pessoal da limpeza, sempre foram excelentes e nos deram muito suporte. Tratam meu filho como se fosse filho deles”, conta a autônoma Ylka Drieli do Nascimento. O filho dela, Arthur Felipe Nascimento, 8 anos, foi diagnosticado com um fissura no lábio e no palato ao nascer e, desde então, faz tratamento no Imip. “Isso pegou toda a família de surpresa. Ele fez duas cirurgias ainda pequenininho e hoje em dia faz acompanhamento com fonoaudiólogas, psicólogas e dentistas. Tudo isso é muito importante para a aceitação e adaptação dele”.

O grande homenageado da ocasião foi o diretor do Cadefi, Rui Pereira, que já realizou mais de cinco mil cirurgias reparadoras em pacientes com fissuras. Em seus agradecimentos, o cirurgião plástico ampliou reverência a todos que integram o centro. “Só existimos porque trabalhamos juntos com um mesmo objetivo. Sou somente um desses 43 profissionais que atuam no Cadefi”. Para ele, o sucesso dos tratamentos se deve ao trabalho conjunto de diversas áreas. “Somos um centro multidisciplinar, onde profissionais de várias especialidades trabalham conjuntamente para estabelecer um protocolo especial de tratamento para cada paciente. Essa é uma forma excelente de trabalhar e muito importante para o sistema de saúde”, acrescenta.

Parceria

A Smile Train é uma organização com sede nos Estados Unidos e atua em 85 países com capacitações e disponibilização de recursos para centros que tratam fissuras. Para Mariane Goes,  diretora da ONG na América do Sul, a parceria com o Imip é de grande importância para o grupo. “De 43 centros que ajudamos no Brasil, este é o segundo maior. Aliado a isso, temos também outro fator que é a excelência dos profissionais que, não só atuam aqui, como também nos ajudam treinando e capacitando equipes de outras partes do país. Esse é um trabalho muito bom”, pontua.

Por mês, o Imip realiza uma média de 80 cirurgias reparatórias de fissuras e cerca de 800 atendimentos, incluindo psico, fono e odontológicos.

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