Biográfico

Vida real e personagens de García Lorca misturados em cena

Grupo Banquete Escênico (ARG) participa do Janeiro de Grandes Espetáculos com a peça Carnes Tolendas - retrato escénico de un travesti

Eugênia Bezerra
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Eugênia Bezerra
Publicado em 19/01/2012 às 6:00
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Levar acontecimentos da própria vida para o palco e interpretar estas histórias é um duplo desafio encarado pelo argentino Grupo Banquete Escénico no espetáculo Carnes Tolendas: retrato escénico de un travesti. O resultado da experiência, que estreou em 2009 e chamou a atenção do público de lá, agora pode ser visto no Teatro Apolo, onde é encenado nesta quinta e sexta-feira (19 e 20/1), às 21h. As apresentações são promovidas pelo 18º Janeiro de Grandes Espetáculos: Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco (JGE).

A atriz Camila Sosa Villada e a diretora María Palácios são colegas de faculdade. Um dos trabalhos de conclusão do curso na Universidad Nacional de Córdoba era montar um espetáculo. María Palácios conta que tinha vontade de fazer Yerma, de Federico García Lorca, e que na época Paco Giménez (assessor dramatúrgico de Carnes Tolendas) sugeriu que elas pesquisassem o trabalho de diretores e dramaturgos que utilizam como material de criação o testemunho de uma pessoa viva.

De certo modo, as duas ideias se misturam no espetáculo que elas mostram hoje. “Mas, em vez de trabalharmos com dramaturgos, trabalhamos com Camila junto com os personagens de Lorca”, resume María.

“Tudo gira ao redor de minha relação com a minha família e a sociedade e há cenas muito contundentes da obra de Lorca”, resume Camila, que compartilha essas histórias utilizando um figurino e um cenário minimalistas. “Cabe tudo em uma mala”, brinca María.

Os espetáculos O canto de Gregório, do Grupo Magiluth, e Aluga-se um coração, da Qualquer Um dos 2 Cia. de Dança, são duas outras atrações que o festival oferece hoje. 

A matéria completa está no Caderno C desta quinta-feira (19/1), no Jornal do Commercio.

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