Um bom filho, todos sabem, à casa sempre volta. Pois bem, isso resume a decisão do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) de subir ao palco do Santa Isabel para mais uma vez encantar e divertir admiradores e fãs da carreira de um grupo que completou 70 anos em 2011 – mas que só comemora a data agora, com uma série de eventos que acontecem até o fim deste ano. O primeiro deles, nesta quinta (13), às 20h, é a retomada em curta temporada do espetáculo Um sábado em 30, que ocupa até domingo (16) o principal palácio das artes cênicas do Estado, casa que até o início dos anos 1970 foi sede do grupo.
Com texto de Luiz Marinho, a peça, montada pela primeira vez em 1963, ganha mais uma reedição (a última foi em 2008) e traz à cena nomes veteranos do TAP, como Renato e Vanda Phaelante, Diná de Oliveira, Maria Paula e Reinaldo de Oliveira (que também dirige o espetáculo), unidos a jovens como Renata Phaelante e Alderico Costa Neto.
Uma pose para foto, e a marca para a posterioridade. Em sete décadas de história, muita coisa mudou, muita gente se foi e outras tantas chegaram, e o TAP continua sua trajetória erguida e mantida com dedicação e muito amor pela arte. “Nós nos mantemos sem orçamento público. Não temos apoio dos governos, e o que sustenta o TAP e o Valdemar de Oliveira (atual sede do grupo) são os alugueis do teatro e o valor que recebemos nas apresentações. Mesmo assim, estamos reformando todo o sistema de ar condicionado e vamos fazer a recuperação de poltronas”, diz Reinaldo, que após a morte do seu pai, Valdemar de Oliveira, em abril de 1977, assumiu a direção do grupo junto com o irmão, Fernando, e confia na continuidade do seu projeto por muitas outras gerações. “O grupo é constituído por amadores, e eu tenho certeza que, quando eu for, alguém vai seguir.”
Veja galeria com imagens do ensaio de Um sábado em 30, no Santa Isabel:
MUDANÇAS - Quando as cortinas do Teatro de Santa Isabel se abrirem hoje à noite para o início de Um sábado em 30, com certeza uma ausência será percebida pelo público. Depois de mais de 50 anos dando vida a personagens marcantes na história, a atriz Geninha da Rosa Borges, a dama do teatro pernambucano (embora refute o título, que para ela pertence à falecida cunhada, Dinah de Oliveira), já não estará mais no elenco. Por uma decisão própria, Geninha decidiu não mais subir ao palco. Aos 90 anos, será substituída pela atriz Renata Phaelante, filha de Renato e Vanda Phaelante.
Outras mudanças também acontecem no elenco. Diferente da última montagem, em 2008, a peça agora traz Adelson Simões no lugar de Fernando de Oliveira, fazendo Seu Severiano; e Alderico Costa Melo com o papel de Romeu, que era de Lano de Lins.
Leia a matéria completa no Caderno C desta quinta-feira (13).
