Um palco, um artista e a plateia. Um “desafio”, como resume o diretor e ator Márcio Carneiro, sobre o fato de estar em cena sozinho, cara a cara com o seu público, num monólogo. No Recife, neste final de semana, dois espetáculos do gênero são apresentados, somando à trabalhosa técnica de prender a atenção do espectador para si o instigante processo de viver histórias densas.
Márcio estreia nesta sexta (8) a peça Palavra da sombra, que fica em cartaz no Teatro Joaquim Cardozo, nas sextas e nos sábados, às 20h, até 7 de dezembro. A montagem é uma adaptação livre do texto Os reis, do argentino Júlio Cortázar, que, por sua vez, é uma releitura do mito grego do Minotauro, uma criatura com cabeça e cauda de touro, e corpo humano, que levava medo e terror, habitando um labirinto na Ilha de Creta.
Também nesta sexta (8), às 20h, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do RioMar, Ceronha Pontes (premiada pela sua atuação em Essa febre que não passa, do Coletivo Angu), reestreia o seu monólogo Camille Claudel. No palco, Ceronha lança seu olhar sobre a biografia conturbada da escultora francesa, amante e aprendiz de Auguste Rodin. Camille, que morreu a 70 anos, passou décadas presa em um hospital psiquiátrico, abandonada por Rodin e sua família.
