TURNÊ

Teatro Guararapes reabre com o espetáculo Maria do Caritó

Lilia Cabral interpreta a personagem criada pelo pernambucano Newton Moreno

Eugênia Bezerra
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Eugênia Bezerra
Publicado em 14/03/2014 às 6:00
Guga Melgar/Divulgação
Lilia Cabral interpreta a personagem criada pelo pernambucano Newton Moreno - FOTO: Guga Melgar/Divulgação
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Prometida a São Djalminha depois que a mãe morreu no parto, Maria do Caritó está com quase 50 anos. Ela quer casar, e, para conquistar o seu intento, a mulher interpretada pela atriz Lilia Cabral enfrenta a resistência do pai e das pessoas da cidade onde ela mora, que a vêem como santa. O espetáculo que leva o nome da personagem é encenado neste sábado e domingo (15 e 16/3), na reabertura do Teatro Guararapes, que passou por um reforma para troca de poltronas, cortinas e equipamentos de som e luz, entre outros itens. 

Maria do Caritó foi escrito pelo recifense Newton Moreno especialmente para Lilia. "Esta turnê passa por quatro cidades do Nordeste, começando pelo Recife. A gente deveria ter ido para o Recife há muito tempo, mas não conseguimos por falta de pauta (nos teatros). Espero que as pessoas curtam", comenta a atriz.

Lilia já conhecia o trabalho de Newton. O dramaturgo, que também é ator e diretor, faz parte do grupo Os Fofos Encenam (SP), do qual também participam Fernando Neves e Silvia Poggetti. "Fernando e Silvia são meus amigos desde a época da Escola de Arte Dramática da USP. Eu sempre estava com eles. Há bastante tempo a gente conversava. Vi a maioria dos trabalhos dele e achava Newton um autor jovem com muito talento, muita sensibilidade e que falava da brasilidade. Na obra de Newton os sentimentos são universais", destaca Lilia.

A partir da vontade antiga, a atriz e Newton começaram a conversar sobre o projeto. "Ele teve a sensibilidade de entender o que eu gostaria de fazer. Tinha lido textos dele e falava 'quero que vá por aqui, que não vá por ali', mas só para aflorar mesmo. Eu disse: 'quero que seja um grande encontro no palco dos amigos e de quem sempre teve vontade de trabalhar' e foi o que aconteceu".

"Ele (o espetáculo) fala de como as pessoas podem ser enganadas. De que se você não acredita em algum sonho, não chega a lugar nenhum. Como a fé independe da religiosidade. É o acreditar e ir à luta das coisas. Você não precisa ter religião para ter fé. O que a gente passa é de dentro do ser humano, do coração. Se a gente fizesse a peça fora as pessoas entenderiam da mesma forma", diz sobre as nuances do texto.

O texto completo está no Caderno C desta sexta-feira (14/3), no Jornal do Commercio.

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