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Peça 'A Ópera do Sol' leva poesia e tragédia do sertão ao Teatro Apolo

Dirigido por Carlos Carvalho, espetáculo discute temas sociais

JC Online
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Publicado em 20/07/2017 às 21:11
Allan Oliveira/Divulgação
Dirigido por Carlos Carvalho, espetáculo discute temas sociais - FOTO: Allan Oliveira/Divulgação
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O Sertão, seu povo resiliente e sua rica cultura funcionam como um rico material para a criação artística. Um dos que se inspiraram nesse universo foi o dramaturgo Adriano Marcena, que desenvolveu o texto de A Ópera do Sol. A obra ganhou uma adaptação pelas mãos do diretor Carlos Carvalho, que estreia nesta sexta-feira (21), às 20h, no Teatro Apolo.

A narrativa da peça se baseia em uma história popular na região, cantada e contada por muitos artistas populares, e trata de questões como concentração latifundiária, injustiças sociais e violência.

Na trama, São José faz um acordo com os donos de terra da região, garantindo que a chuva faça prosperar a agricultura. Sua única demanda é que o excedente do plantio seja compartilhado com a população, a fim de garantir justiça social e dignidade para todos. Os latifundiários, porém, descumprem o trato, concentrando os recursos. Como castigo, o santo impõe um sol intenso, gerando uma grande e prolongada seca.

ÓPERA-REPENTE

Essa situação acentua quando dois coronéis se colocam em lados opostos, provocando uma tragédia de cunho coletivo e pessoal. Com forte comentário sociopolítico e econômico, a obra é contada como uma “ópera-repente”, como classificam seus criadores. Sua narrativa é conduzida a partir da estrutura dos contadores populares, com sonoridade da cantoria de viola do interior do Nordeste.

Estão em cena os atores Beto Nery, Douglas Duan, Hermínia Mendes, Célia Regina Rodrigues, Katyuscia, Miguel Taveira, Thalita Gadêlha, Eduardo Japiassú e Angelis Nardeli Brito.

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