Fim do ciclo

Após 40 anos, José Pimentel deixa papel de Jesus na Paixão de Cristo

Associação de Produtores está com seleção aberta para atores interessados em interpretar Cristo na Paixão 2018

JC Online
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Publicado em 14/09/2017 às 20:39
Foto: Laís Telles/Divulgação
Associação de Produtores está com seleção aberta para atores interessados em interpretar Cristo na Paixão 2018 - FOTO: Foto: Laís Telles/Divulgação
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Depois de comemorar a marca de 40 anos ininterruptos defendendo o papel de Jesus (sendo 19 deles em Nova Jerusalém, 21 no Recife), o ator José Pimentel, que recebeu no mês de agosto o título de “Patrimônio Vivo de Pernambuco”, decidiu que não fará o personagem na Paixão de Cristo do Recife em 2018. A Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), responsável pelo espetáculo, está com seleção aberta até o dia 16 de outubro para atores que têm interesse em assumir o desafio.

Os pré-requisitos são: ter participado de, no mínimo, três peças de teatro, ter entre 25 e 35 anos, e altura mínima de 1,70m. As inscrições podem ser feitas através do e-mail [email protected]. Os candidatos devem enviar dados pessoais, currículo com no mínimo 15 linhas, três fotos e links das encenações que já participou. “Tantos anos fazendo o papel, chegou a hora de deixar, não por minha inteira vontade, mas muito pela vontade dos outros”, explica José Pimentel.

Na Paixão de Cristo deste ano, Pimentel superou problemas de saúde para estar no palco: no último mês de dezembro, passou 12 dias internado depois de uma cirurgia para tratar hérnia inguinal e de complicações como uma embolia pulmonar.

Em 2018, José Pimentel deixa o papel de Jesus, mas continua na direção e também na produção da Paixão de Cristo.

ATRASOS NO PAGAMENTO

Apesar do reconhecimento do público que lota as apresentações da Paixão de Cristo no Marco Zero, o espetáculo amarga dificuldades financeiras. Os 100 atores e 300 figurantes, além de toda a equipe técnica e artística, não receberam os seus pagamentos da temporada realizada em abril deste ano. O Governo do Estado e a Prefeitura do Recife devem, respectivamente, R$ 150 e R$ 250 mil à produção do espetáculo. “É um absurdo que o poder público se comprometa e não cumpra suas obrigações no tempo devido. São muitas pessoas envolvidas, que trabalharam e precisam receber”, desabafa Paulo de Castro, presidente da Apacepe.

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