Retorno

Mariana Santos encena 'Só de Amor' no Teatro RioMar

Atriz monta peça dia 13 de julho, após período afastada dos palcos

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 12/07/2019 às 18:59
Priscila Prade/Divulgação
Atriz monta peça dia 13 de julho, após período afastada dos palcos - FOTO: Priscila Prade/Divulgação
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Os últimos anos têm sido intensos na carreira de Mariana Santos. A atriz carioca fez parte do elenco fixo do Zorra, na Globo, de 2006 a 2017, e desde então emendou vários trabalhos na emissora, como parte da bancada do Amor & Sexo, na novela Pega-Pega (2017) e atualmente pode ser vista em Malhação – Vidas Brasileiras. Mas, cria do teatro como é, ela sentia falta de voltar aos palcos, de onde estava afastada desde 2015. Para marcar esse retorno, decidiu não só atuar, como também escrever o texto de Só de Amor, que ela apresenta sábado (13), às 21h, no Teatro RioMar.

Quando decidiu que era hora de se dedicar novamente ao teatro, a despeito da ainda intensa agenda na televisão, Mariana leu vários textos. Mas, nesse processo, percebeu que o que queria comunicar vinha de um lugar muito particular, de interseção de linguagens, e, por isso, decidiu que ela mesma escreveria a dramaturgia.

“Voltar aos palcos é maravilhoso porque o teatro é meu lugar, sempre fiz teatro. Esse processo de escrita é muito instigante, é uma independência artística minha de poder falar para o público o que realmente eu quero comunicar neste momento. Às vezes doído, emocionante, mas resultou em uma peça que eu tenho muito orgulho de estar fazendo”, afirma a atriz.

Na peça, uma espécie de tragicomédia musical, ela interpreta uma cantora que precisa entreter o público enquanto sofre uma crise de pânico. Assim, o desenvolvimento do texto é marcado pela quebra da quarta parede, com números na plateia, e muita música.
As canções escolhidas por Mariana Santos são em sua maioria cantigas populares, que ganham novos contornos a partir de sua inserção no contexto da peça.

“Escolhi as cantigas de roda porque elas falam de tudo que eu gostaria de falar. São adaptadas por mim e pela Fernanda Maia, diretora musical do espetáculo, que colocamos de uma maneira adulta. Elas falam de medo, insegurança, amor, saudade, perda, alegria, todos os sentimentos que falo no espetáculo comuns a todos nós. A peça tem uma pegada um pouco nostálgica porque às vezes volto para a fase da adolescência, da infância e, por isso, achei que elas iam costurar bem o espetáculo”, explica.

PARCERIA

Para construir o espetáculo, a atriz contou com a colaboração de seu companheiro, Rodrigo Velloni, que dirige a montagem. O projeto foi, portanto, construído a quatro mãos.

“Minha parceria com o Rodrigo vem de muito tempo, a gente se conheceu trabalhando no teatro, a gente se apaixonou e casou. A gente tem uma parceria de vida e profissional que deu certo. É um trabalho em conjunto mesmo e ninguém melhor do que ele para dirigir o espetáculo porque ele entendeu desde que ele leu o texto o que eu queria no palco. A gente colaborou em cada trecho do espetáculo”, reforça.

Sobre o momento pelo qual atravessa o Brasil, com ataques aos fazedores de cultura e diminuição do fomento à arte, Mariana reforça a importância de produzir e circular.

“Toda vez que há uma retração tanto na parte de educação, quanto cultural do País, quando faço um espetáculo assim que emprega tantos profissionais de excelência artística, me sinto contribuindo de forma efetiva não só para essa relação de teatro público, como também para o setor, que merece toda atenção e cuidado. É isso que faz o desenvolvimento de um país”, enfatiza.

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