Obra inédita de Daniel Santiago entra em cartaz no Mamam

Museu expõe trabalho do artista plástico e mais duas mostras de vídeo, com peças assinadas por Suely Rolnik e Anthony McCall
Diana Moura
Publicado em 14/09/2011 às 8:30
Foto: NE10


Depois de uma longa ausência do circuito de exposições do Recife, o artista plástico Daniel Santiago volta a realizar uma grande exposição na cidade. O feito é fruto de uma parceria entre o próprio artista, a diretora do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), Beth da Matta, e o grupo Pesquisas e Interações Artísticas (PIA), que tem se dedicado à obra de Daniel graças a um convite realizado por Beth. O resultado desse encontro pode ser conferido a partir desta quarta-feira (14/9), na mostra Eflúvios artificiais de mulheres abstratas, em cartaz no Mamam.

A mostra faz parte da programação oficial da Semana de Artes Visuais do Recife (SPA das Artes). A escolha não é uma mera coincidência. Criado como um dos espaços mais permissivos para a exibição de projetos artísticos em Pernambuco, o SPA tem tudo a ver com a proposta estética de Daniel, que tem na liberdade uma das marcas de suas criações. Nascido em 1939, ele foi um dos nomes mais fortes da arte conceitual no Estado, nos anos 1960 e 70.

Infográfico

Programação do SPA nesta quarta-feira (14/9)

Para este momento importantíssimo das artes locais, as pesquisadoras do PIA selecionaram uma obra inédita de Daniel. “Nosso objetivo era evidenciar questões atuais do trabalho de Daniel, não queríamos fazer uma retrospectiva. Eflúvios foi escolhida por reúne diversos aspectos importantes de sua poética”, explica a estudante de ciências sociais Cris Cavalcanti, que divide os projetos do PIA com a mestranda em história Raquel Borges, a historiadora Laura Sousa e a jornalista e cientista social Raiza Cavalcanti.

Além de Daniel Santiago, o Mamam exibe ainda mais duas obras de grande densidade poética. A primeira é a série de vídeos que compõem a caixa Arquivo para uma obra-acontecimento, de Suely Rolnik, produzida a partir das pesquisas que desenvolveu sobre o trabalho da artista plástica mineira Lygia Clark (1920-1988), tema de sua tese de doutoramento em psicologia na Universidade de Paris VII. A segunda, chamada Anthony McCall, apresenta uma série de vídeos do artista britânico radicado em Nova Iorque, que tem curadoria de Edson Barrus e Yan Beauveais, da galeria Bcúbico.

Leia matéria completa no Caderno C desta quarta-feira (14/9), no Jornal do Commercio.

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