Aqui, a suposta opção pela baixa tecnologia esconde um pensamento sofisticado. Sebastião levou dois anos trabalhando nesse processo, que engloba imagens de prédios públicos e monumentos no Rio de Janeiro e em Paris, incluindo o Cristo Redentor, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e o Jardim Botânico.
No jargão da fotografia, Sebastião usou uma técnica conhecida como pin hole (furo de alfinete), na qual um recipiente hermeticamente fechado recebe um furo minúsculo, pelo qual passa a luz de determinado ambiente. Essa luz sensibiliza o filme fotográfico posto lá dentro, que registra a paisagem ao redor. No entanto, ao falar de sua técnica, o fotógrafo corrige quem se atreve a proferir a palavra pin hole. "O que eu fiz foram câmaras de orifício. Comecei a trabalhar com elas ao perceber que quem tira fotos por meio dessa técnica o faz de forma meio desrespeitosa".
Leia a reportagem na íntegra no Jornal do Commercio desta segunda.