Quando chegou ao Recife pela primeira vez, em 1997, o então estudante de medicina Clemens Krauss estabeleceu uma relação umbilical com a cidade. Logo após fazer um parto, ouviu da mãe que o recém-nascido receberia o nome dele como homenagem. Hoje artista plástico, o austríaco traz a renovação desse laço afetivo como ponto central da exposição que inaugura às 18h, no Mamam no Pátio.
Um dos quatro vídeos da mostra, Clemens, que leva o nome do artista, detalha o processo de reencontro dele não apenas com seu homônimo brasileiro, mas com as suas próprias lembranças. “O ato de você dar um nome a algo ou alguém é muito poderoso, e faz pensar como as identidades são construídas”.
A exposição abre espaço para mais três vídeos, que retratam observações sobre memória, individualidade e intimidade: Casa dos pais devassa todos os cantos do lar onde o austríaco nasceu e cresceu, por meio de uma câmera endoscópica. Há também Ele, um falso documentário que reúne tanto imagens de infância do próprio Clemens quanto do diretor alemão Benjamin Heisenberg. O terceiro, sem título, traz a surpresa dos pais do artista ao reencontrar o filho sem aviso, após um ano e meio de ausência.
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