Para além de gramados verdes, mares serenos e temáticas urbanas, uma paisagem pode ser concebida pela apreensão do universo íntimo de cada um. É com essa percepção que o artista pernambucano Antônio Mendes abre nesta terça (19), para convidados, a exposição A persistência da paisagem, com 16 telas que trazem o resultado de uma busca intensa do artista por sua própria estrutura.
Nas obras, todas feitas em acrílica sobre tela, estão traçados espaços urbanos caóticos, infestados de torres, prédios e outras construções modernas, mas também escadas e portas que levam a lugar nenhum. Em tons contrastantes, um céu espremido marca o lugar reservado à natureza.
“Nenhuma das telas faz referência a um lugar específico que tenha me marcado como onde passei a infância. Todas são, em sua essência, terrenos que busquei dentro de mim mesmo para resolver questões pessoais”, explica Antônio, que buscou inspiração também nos desenhos da filha pequena (“inocentes e curiosos”) e na música clássica.
O artista plástico Raul Córdula, curador da mostra e responsável pelo texto de apresentação, afirmou que a exposição reúne influências e é um encontro de artistas como Zé Cláudio, Samico, Sandro Maciel, Tereza Costa Rêgo e o próprio Córdula. Todos, por sua vez, presentes na história dos quadros.
Leia a matéria completa no Jornal do Commercio desta terça (18), no Caderno C
