TRAJETÓRIA

Obra do escultor Nicolas Vlavianos é mostrada na Caixa Cultural

Grego radicado no Brasil desde 1961, o artista apresenta esculturas e desenhos nesta exposição

Eugênia Bezerra
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Eugênia Bezerra
Publicado em 13/03/2013 às 6:00
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Desde o tempo em que morava na Grécia, onde nasceu, o escultor Nicolas Vlavianos cria a partir do metal. "A escultura é um negócio muito importante, você transforma a matéria em espírito. Ao contrário da criação original, porque Deus fez da palavra a matéria. Nós (humanos) fazemos da matéria o logos", afirma o artista, que se radicou no Brasil em 1961, depois de passar por Paris e pelos Estados Unidos. Obras criadas por ele em diferentes épocas compõem a exposição Vlavianos – Espaço, arte, aço, aberta ao público nesta quarta-feira (13/3) e que pode ser visitada até 5 de maio na Caixa Cultural.

Depois de participar da 6ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1961, Vlavianos se mudou para a capital paulista, onde fez várias exposições. As obras dele também podem ser vistas por quem visita a cidade em espaços públicos como a Praça da Sé (Nuvem sobre a cidade, de 1978) e o Largo do Arouche (Progresso, de 1993).

Vlavianos define esta exposição no Recife, que tem curadoria de Sergio Pizoli, como uma mini-retrospectiva. "São trabalhos que representam toda a minha trajetória. Ela tem obras que fiz pouco antes de chegar ao Brasil, na década de 1960, até trabalhos mais recentes, de 2013", resume.

O público poderá observar de perto como o artista cria suas esculturas com recortes, dobras, soldas e encaixes. Ou como usa a cor (principalmente o vermelho e o verde) em contraste com o metal. Notar como Vlavianos aproveita resíduos industriais, como rebites e parafusos, e os diferentes efeitos visuais provocados pelo polimento e a oxidação. A exposição reúne 30 esculturas de tamanhos diferentes, além de desenhos e esboços. Obras de grandes dimensões, como um trabalho que Vlavianos fez em 2010 e que pode ser visto por quem passa na Marginal Pinheiros, são representadas por fotografia e uma versão menor da obra, por exemplo.

"Sergio veio até a minha casa e escolhemos obras de várias épocas, não muito grandes, por causa do transporte. A escultura é muito difícil de transportar e tenho trabalhos muito grandes. Esta escultura de 2010 foi um dos últimos trabalhos assim que eu fiz, ela tem 10 metros de altura. Para levá-la até o local onde ela está, precisamos alugar uma carreta e, mesmo assim, ela foi levada em pedaços. O maior deles tinha 6 metros de altura", lembra Vlavianos.

Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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A matéria completa está no Caderno C desta quarta-feira (13/3), no Jornal do Commercio.

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