MEMÓRIA

Raul Córdula prepara livro sobre as artes visuais em Olinda

"Utopia do olhar" mostra momentos importantes da cidade na qual ele escolheu viver

Eugênia Bezerra
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Eugênia Bezerra
Publicado em 23/04/2013 às 8:09
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
"Utopia do olhar" mostra momentos importantes da cidade na qual ele escolheu viver - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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"Não estou fazendo muito mais do que devolver", afirma o artista plástico e professor Raul Córdula sobre o livro Utopia do olhar. Na publicação, este paraibano apaixonado por história, especialmente pela história da arte, toca em pontos importantes das artes visuais de Olinda, cidade que escolheu para viver. O projeto foi aprovado no Funcultura e o lançamento está previsto para o mês de maio. Os exemplares da primeira edição serão distribuídos em locais como museus e galerias.

Raul nasceu em Campina Grande e, em 1960, fez sua primeira exposição individual na Biblioteca Pública de João Pessoa. A relação do artista com Olinda começou cedo. "Eu pegava um ônibus em João Pessoa e vinha para Olinda no início dos anos 1960, havia uma série de ateliês no Amparo. Eu descia no Varadouro, tomava cerveja e ia para a Ribeira dançar coco. Pegava o ônibus de volta às 6h, a gente ia dormindo. A minha aproximação com Olinda vem de muito tempo, minha irmã Risoleta (crítica e curadora) começou a me apresentar aos artistas", afirma Raul, que atualmente trabalha em um ateliê no Varadouro.

"Venho escrevendo estas crônicas há 30 anos e notei que, de repente, tinha esta linha do tempo e resolvi fazer o livro. A geração que começou esta história aqui em Olinda agora tem cerca de 80 anos ou mais. Guita Charifker, Samico, Baccaro, Tereza Costa Rêgo, Maria Carmem... Antenor (Vieira de Melo, que faleceu em fevereiro) foi uma perda violenta para nós. Mas ele deu uma entrevista fantástica para mim, superentusiasmado, ele estava no pique", comenta Raul que, neste processo de preservar momentos cruciais na história das artes da cidade também reuniu material para outro livro que pretende lançar, Olindenses.

O texto completo está no Caderno C desta quarta-feira (23/4), no Jornal do Commercio.

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