Mestres da cultura popular, além de criarem, têm, como premissa, a transmissão de seus saberes a artesãos aspirantes e futuros discípulos. Não basta moldar o barro e colocar o produto para vender. É preciso difundir conhecimentos técnicos, para impedir que manifestações da cultura popular fiquem esquecidas ao longo do tempo.
Essa é a proposta do ateliê Catedrarte, em Olinda, que nasce hoje com o intuito de disseminar os saberes dos mestres Josa, Rosalvo, Nado, além do luthier Evaldo Souza e do pintor Ângello Nascimento. O casarão será aberto ao público a partir das 15h. No evento, o Mestre Nado se apresentará com os seus instrumentos de sopro, feitos de barro, e o luthier Evaldo tocará chorinhos.
A proposta do grupo é fazer com que o casarão funcione como um ateliê aberto permanentemente aos visitantes e alunos. “Crianças carentes da comunidade poderão aprender diretamente conosco como moldar o barro, fazer um instrumento ou pintar. Haverá a possibilidade de participarem das nossas oficinas”, explica Josa.
No início, as aulas serão ministradas informalmente. Caso consigam aprovar o projeto do ateliê em um edital, os cursos serão dados em um esquema mais organizado, com um kit de ferramentas e aulas esquematizadas para 15 aprendizes por turma.
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