Em parceria com o Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove nesta segunda-feira (11/11), às 19h, uma conferência com a filósofa e escritora francesa Marie-José Mondzain. Haverá tradução simultânea e a entrada é gratuita (a sala tem 100 lugares). Na ocasião, Marie-José Mondzain também lança o livro Imagem, ícone, economia: As fontes bizantinas do imaginário contemporâneo (Editora Contraponto).
"A conferência 'Imagem, ícone, cconomia' analizará o destino de imagens a partir da crise da iconoclastia, optando por abordar a imagem em função do medo que ela inspira, das suspeitas que pesam contra ela, das violências que estão nela implicadas. O terreno é histórico. A pesquisa exigiu o estudo de textos e um trabalho acadêmico à sombra das autoridades patrióticas. Em suas pesquisas Mondszain descobriu, entre os iconoclastas, um pensamento da imagem que defendia a sua força política, força que o poder imperial queria manter como monopólio eclesiástico. Tornou-se claro que enquanto a imagem fosse considerada como um objeto, o mundo espiritual deveria logicamente descartá-la e deixá-la para o poder temporal. O gênio da iconofilia foi o de remover a imagem do reino dos objetos e dos objetos do reino. A imagem foi declarada um operador estrito de relação cujo significado é suspenso à natureza dos olhares. É sobre este fundo especulativo que a Igreja tomou o poder temporal e fez da imagem o principal instrumento de crença e submissão graças à plasticidade da noção de economia", explicam os organizadores no texto sobre o evento.
Na quarta-feira (13/11), Charles Esche e Pablo Lafuente, curadores da 31ª Bienal de Artes de São Paulo, participam de um encontro aberto ao público no Espaço Fonte. O debate faz parte de uma série organizada pela Bienal de São Paulo e começa às 19h. Os interessados devem enviar um breve currículo para o [email protected] até esta segunda-feira (11/11). "Formulando questões, expondo intenções, ideias e desenvolvimentos preliminares ligados ao projeto curatorial, estes encontros em São Paulo e em diferentes cidades do Brasil buscam incorporar artistas, críticos, curadores e o público em geral no processo de concepção e organização da exposição, servindo simultaneamente como ferramenta de pesquisa e como forma de avaliação crítica. (...) Todos os encontros serão documentados e avaliados, com o resultado disponibilizado no site da Bienal (www.bienal.org.br) a fim de possibilitar o acesso ao projeto curatorial enquanto processo pedagógico aberto", definem os organizadores.
