Arte

Capela pintada por Cândido Portinari pode ser vista na capital paulista

Obras que decoram as paredes do local de oração foram reproduzidas em tamanho real

Da Agência Brasil
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Publicado em 08/10/2014 às 8:00
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Obras que decoram as paredes do local de oração foram reproduzidas em tamanho real - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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O Museu de Arte Sacra de São Paulo recebeu a réplica da capela feita pelo pintor Cândido Portinari para sua avó. As obras que decoram as paredes do local de oração, construído dentro da casa onde o artista viveu em Brodowski, no interior paulista, foram reproduzidas em tamanho real. “É uma réplica em tamanho natural. Ela reproduz exatamente como é a capela, todos os santos que foram pintados dentro da capela e os quadros que ele fez para decorar o altar”, explicou a diretora da Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari, Angelica Fabbri.

A Exposição Capela da Nonna: Fé, Religiosidade e Arte faz parte da programação de reabertura do Museu Casa de Portinari, que ficou fechado por dois anos para reforma e restauração. “Além de proporcionar que a capela seja vista por outros públicos, as pessoas também visitam essa réplica e têm curiosidade de conhecer a capela original”, ressaltou Angélica sobre a mostra aberta na última terça-feira (7) na região central da capital.

A capela foi construída na década de 1940 para que dona Pellegrina, avó de Portinari, pudesse rezar mesmo doente. “Uma senhora de muita religiosidade”, enfatiza Angélica. O pintor decorou o espaço com santos de devoção dela, retratados com rostos de amigos e parentes. “São figuras que estão bem nítidas. Não são expressionistas, como em outros momentos. Até para a avó poder rezar, em um sentido mais intimista e mais familiar”, conta a diretora do museu.

As pinturas se somam à extensa obra, com motivos religiosos, de Portinari. Nessa produção, destacam-se a Via-Sacra, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, e a Via-Sacra, da Igreja Matriz de Batatais (SP). “Essa produção é vasta e significativa”, destaca Angélica.

Apesar de ter se fixado no Rio de Janeiro, Portinari nunca perdeu o contato com a terra natal, que inspirou parte importante de sua obra. Regularmente, o artista retornava à casa onde passou a infância e juventude e que atualmente abriga o museu em sua homenagem, inaugurado em 1970, oito anos após sua morte.

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