Domingos Sávio nasceu em Barreiros, Mata Sul, e passou a primeira infância nas terras do Engenho Serra D'água do Una. A família incentivou o caçula a desenhar e o gosto pela arte seguiu com ele. O pernambucano só parou de pintar quando os movimentos das mãos ficaram comprometidos, devido a uma doença que descobriu aos 32 anos. Mas, neste intervalo, Domingos fez muitas pinturas e desenhos. A partir deste sábado (15/11), às 17h, com a abertura da exposição Ensaio de uma utopia: a arte de Domingos Sávio, elas estarão reunidas temporariamente no Convento de São Francisco, em Olinda.
A mostra é organizada por amigos do frade. Ela tem curadoria do artista plástico Roberto Ploeg e apresenta, no local onde Domingos morou, 16 pinturas, 11 desenhos (feitos para o Centro Agroecológico Sabiá), um painel (criado com Anderson Augusto e Adélia Carvalho) e reproduções de peças que estão na Itália. "A arte de Domingos se move entre a atitude crítica de indignação diante das injustiças e a esperança de uma sociedade mais igualitária", define Ploeg no texto da exposição.
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Nas obras aparecem temáticas cristãs, elementos da cultura popular, temas do ambiente rural e retratos femininos. "Carrego influências diversas e imprecisas", escreveu Domingos, certa vez.
Domingos chegou a participar da elaboração da mostra, mas faleceu no dia 15 de agosto. "Até então, sabíamos que ele tinha algumas obras no quarto dele, outras na casa de sobrinhos e irmãos. Ele perdeu muita coisa por causa do cupim, mas, mesmo assim, descobrimos muitas obras. Fizemos as réplicas em um tamanho maior para mostrar os detalhes. E tem uma obra especial, As três Graças. Quando soube da exposição, pediu que nós a encontrássemos. Ela estava em Curitiba", conclui Marleth.
O texto completo está no Caderno C deste sábado (15/11), no Jornal do Commercio.
