HOMENAGEM

Museus de Nova Iorque fazem ato em apoio ao 'Queermuseu'

Os centros de arte projetaram as obras que foram censuradas e recados de apoio aos artistas

JC Online
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Publicado em 27/09/2017 às 15:47
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Os centros de arte projetaram as obras que foram censuradas e recados de apoio aos artistas - FOTO: Foto: Reprodução
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Censurada no Brasil, a mostra Queermuseu recebeu, no último fim de semana, uma homenagem de dois centros de arte de Nova Iorque: o New Museum of Contemporary Art e o Whitney Museum. Os locais integraram o evento denominado NY loves Queermuseu.

O apoio dos museus norte-americanos se deu em forma de projeções da obras que foram censuradas. Adriana Varejão, Cândido Portinari, Lygia Clarke ou ainda Leonilson são alguns dos artistas que estavam com obras expostas na mostra.

Dentre as imagens projetadas na homenagem havia também imagens com frases de apoio, como "Brazil the world is watching" ou "NY <3 Queermuseu", respectivamente "Brasil, o mundo está de olho" e "Nova Iorque ama o Queermuseu".

Entenda a polêmica

No início do mês de setembro, grupos conservadores e religiosos acusaram a mostra de promover a pedofilia, zoofilia e blasfêmia a símbolos relegiosos. Devido aos ataques, o Santander Cultural resolveu encerrar a exposição, postura que foi muito criticada pela classe artística, acadêmica e pela imprensa, ressaltando o caráter retrógrado da ação do banco. 

Alguns dias depois, o Ministério da Cultura se manifestou a respeito do encerramento do Queermuseu. "Não cabe legalmente ao Ministério da Cultura (MinC) avaliar o conteúdo dos projetos que buscam a chancela da Lei Rouanet. Haveria um forte risco de dirigismo cultural. Os proponentes são responsáveis pelo conteúdo dos projetos. Espera-se que cumpram as leis do País. Ao MinC, cabe fazer a análise técnica das propostas", diz a nota publicada pelo ministério.

Já o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, se pronunciou dizendo que a interdição de obras de artes e outras formas de expressão baseados na opinião de "grupos moralistas" é inadmissível. Ele argumentou que é preciso repudiar a "escalada reacionária que ameaça a democracia e os direitos humanos".

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