A espanhola Pilar Abel, que em 20 de julho fez o pintor surrealista Salvador Dalí ser exumado alegando ser sua filha, foi condenada a pagar os custos judiciais do processo.
Em sua decisão, de 13 de outubro, mas revelada apenas nesta segunda-feira (16), um juiz de Madri confirmou que os testes de DNA "permitem excluir Salvador Dalí como pai biológico de María Pilar Abel Martínez", uma vidente de 61 anos que afirmava ter nascido de uma breve relação de sua mãe com o famoso pintor.
O magistrado condenou a mulher a pagar os custos do processo, sem especificar o valor, que pode ser muito elevado diante da dificuldade da exumação.
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A EXUMAÇÃO
Em um evento muito midiatizado, o gênio do surrealismo foi exumado 28 anos depois de sua morte do túmulo no qual jaz no Teatro-Museu de Figueras. Tanto ele quanto a autora da ação nasceram nessa cidade catalã. Os peritos extraíram de seu corpo embalsamado pelos, unhas e dois longos ossos para comparar seu DNA com o de Pilar Abel.
Caso essa filiação tivesse sido confirmada, ela teria direito à quarta parte do patrimônio de Dalí, pertencente em sua totalidade ao Estado espanhol.
Durante todo processo, a Fundação Gala-Salvador Dalí criticou a decisão judicial de exumar o corpo do pintor e apresentou um recurso que não foi aceito.
A instituição insistiu em que toda a ação se baseava apenas na declaração em cartório de uma mulher que assegurava conhecer o suposto affair entre o artista e a mãe da vidente.