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Eça bistrô é puro charme na Madalena

Com cozinha de poucas ofertas, o misto de delicatessen e adega oferece bom ambiente para vinhos e massas

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 19/09/2014 às 6:48
Boas opções de vinhos podem ser degustadas no café Eça de Queiroz
Com cozinha de poucas ofertas, o misto de delicatessen e adega oferece bom ambiente para vinhos e massas - FOTO: Boas opções de vinhos podem ser degustadas no café Eça de Queiroz
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Um lugar que, tão logo apareceu no mapa, surgiu com aquela cara de que deveria ter sempre estado ali. Misto de adega, empório e pequeno restaurante, o “café bistrô” Eça sde Queiroz, na Madalena, facilmente se encaixa nessa categoria de estabelecimentos.

Idealizado com um carinho palpável em cada detalhe pelo casal Paulo Coimbra e Valéria Rocha, após uma obra, naturalmente, mais complexa que o previsto, o projeto revitalizou um pequenino casarão (sim, vale o paradoxo) sobreviente aos muitos prédios ao redor da praça que leva o nome do escritor português na Madalena. A casa nos ganha, primeiro, pelos olhos.

Ao entrarmos, nos deparamos com uma delicatessen que não nos estressa pelo excesso de oferta. Em poucas prateleiras, uns molhos, algumas conservas, pastas especiais, geleias, essas pequenas coisas capazes de, enfim, transformar um sábado em casa num evento. No balcão de frios, patês e embutidos artesanais e importados, ao lado de pães artesanais (o português, de azeitonas, é denso e ótimo para uma degustação de azeites).

No segundo ambiente, está o coração da casa: uma pequena sala com poucas mesas onde se pode, a qualquer momento, se servir dos acepipes da cafeteria. Tortas doces, salgados, sanduíches simples. O café, produzido pela fazenda paulistana Villa Borghesi, é denso, encorpado, de bom retrogosto. Praticamente, não há cozinha.

As opções de refeição estão restritas a duas opções diárias de massas. Não feitas, mas finalizadas na casa. Pelo preço médio de R$ 25, as massas podem constar de um ravioli de carne ao pomodoro ou um rondeli de ricota sob um bom, terroso e denso molho de funghi. Simpatia da casa, uma saladinha verde é oferecida como cortesia.

Apesar da culinária enxuta, a ambiência convida para o que realmente a casa se presta. Com uma adega considerável de vinhos, nem todos os mais óbvios encontrados nas cartas da cidade, ali podemos escolher um português ou italiano menos conhecido, mandar abrir e pagar, pelo consumo, o mesmo preço que pagaríamos se levássemos a garrafa para casa. Tábuas de frios podem ser montadas na hora. Com uma trilha sonora exclusivamente composta de jazz, o ambiente sugere uma boa pausa no estresse urbano. Em tão pouco tempo, a casa conseguiu equalizar tão bem seu charme discreto que, após uma consulta, ganhou da própria Fundação Eça de Queiroz, em Portugal, o direito de ostentar o nome do escritor na fachada.

Café Eça de Queiroz. Rua Desembargador Luiz Salazar, 98, Madalena. Fone: 3236-6598.


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