CINEMA

Cinema autoral ganha destaque no Maranhão

I Festival Lume começa no próximo dia 14 de julho em São Luís

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 03/07/2011 às 6:00
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I Festival Lume começa no próximo dia 14 de julho em São Luís - FOTO: Divulgação
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O calendário de festivais de cinema do mês de julho acaba de ganhar uma nova escala: São Luís, a capital do estado do Maranhão, que a partir do dia 14 ao 23 sedia a primeira edição do Festival Lume de Cinema. Focado nas novidades do cinema autoral realizado no Brasil e no mundo, o festival nasceu da preocupação do cineasta maranhense Frederico Machado.
 
Dono da distribuidora de DVD Lume, que desde 2006 lança filmes clássicos e de arte no mercado brasileiro de home vídeo, o cineasta agora traz novidades também para as salas de cinema maranhenses. “O festival vai preencher um espaço ainda carente para filmes autorais, com uma gama muito grande de títulos inéditos”, adianta Frederico.

O cineasta filipino Brillante Mendoza, um dos queridinhos do Festival de Cannes, estará em São Luís para apresentar o longa-metragem Lola, ao lado do ator Raymond Nullan. Entre os nomes internacionais já confirmaram presença o produtor Larry Castillo e o cineasta búlgaro Dragomir Sholev, que trará o hit Abrigo (Shelter) para a mostra competitiva de longa-metragens.

As mostras competitivas englobam longas e curtas brasileiros e internacionais, com filmes representando mais de 40 países. Na Competitiva Internacional de Longa-metragem, um dos destaques vem da Polônia: o badalado O moinho e a cruz, de Lech Majewski, que tem o holandês Rutger Hauer no elenco e fez bastante sucesso nas sessões do Mercado de Cannes, em maio último.

De acordo com Frederico, o festival não conta com patrocinadores até agora. “Estamos fazendo tudo na raça, com recursos próprios. Só tivemos apoio da TV Mirante e da transportadora Mailbox”, lamenta. Mas, ao mesmo tempo em que enfrentas dificuldades inerentes às primeiras edições de um festival que se pretende de grande porte, Frederico já começa a dar outro salto.
 
A partir de julho, a Lume começa a distribuir filmes para abastecer as salas de cinema de todo o País. Na verdade, a Mostra Hors Concours é uma plataforma de pré-lançamento dos primeiros títulos, que já começam a chegar aos cinemas no dia 22 de julho, como a estreia de Lola. Até o final do ano, a Lume ainda ai lançar Hiroshima, do uruguaio Pablo Stoll (um dos diretores de Whisky); Submarino, do dinamarquês Thomas Vinterberg (de Festa de família); Triângulo amoroso, do alemão Tom Tykwer (de Corra Lola corra); e Caminho para o nada, do americano Monte Hellman (de Corrida sem fim e Galo de briga).

Principais filmes do I Festival Lume de Cinema

Competitiva Internacional– Longa-metragem

Não tenha medo, Bi (Bi, dung so!), de Phan Dang Di (Vietnã)
Rio Dooman (Dooman River), de Lu Zhang (Coreia do Sul)
Tudo que eu amo (Wszystko, co kocham), de Jacek Borcuth (Polônia)
Se a semente não morrer (Daca bobul nu moare), de Sinisa Dragin (Rômenia/Sérvia)
Norberto apenas tarde, de Daniel Hendler (Argentina/Urufuai)
Oliver Sherman, de Ryan Redford (Canadá)
Abrigo (Podslon), de Dragomir Sholev (Bulgária)
O moinho e a cruz (The mill and the cross), de Lech Majewski (Suécia-Polônia)
O vendedor (Le vendeur), de Sébastien Pilote (Canadá)
As tentações de Santo Antônio (Püha Tõnu kiusamine), de Veiko Õunpuu (Estônia/Finlândia)
Veneza (Wenecja), de Jan Jakub Kolski (Polônia)
Neve (White as snow), de Selim Gunes (Turqia)

Competitiva Brasil – Longa-metragem

Além da estrada, de Charly Braun
Avenida Brasil Formosa, de Gabriel Mascaro
A última estrada da praia, de Fabiano de Souza
Os monstros, de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti
Os residentes, de Tiago Mata Machado
Terra deu, terra come, de Rodrigo SIqueira

Mostra Olhar Crítico – Competição oficial

Totó, de Peter Schreiner (Itália)
El ambulante, de Eduardo de la Serra, Lucas Marcheggiano e Adriana Yurcovich (Argentina)
El medico, de Daniel Fridell (Cuba)
Atomic and disco war, de Jaak Kilmi (Estônia/Finlândia)
Pit n. 8, de Marianna Kaat (Estõnia/Ucrânia)
Metrobranding, de Ana Vlad e Adi Voicu (Romênia)

Mostra Hors Concours

Lola, de Brillante Mendonza (Filipinas)
Caminho para o nada (Road to nowhere), de Monte Hellman (EUA)
Hiroshima, de Pablo Stoll (Uruguai)
Submarino, de Thomas Vinterberg (Dinamarca)
Triângulo amoroso, de Tom Tkywer (Alemanha)
Tudo ficará bem, de Christoffer Boe (Suécia)

Mostra Werner Herzog - Documentários

Fata Morgana (1970)
Hércules (1962-1965).
La soufrière (1976)
Lições da escuridão(1992)
Pastores do sol (1989)
Últimas palavras (1967)
O país do silêncio e da escuridão (1971)
How much wood would a woodchuck chuck (1976)
A pregação de Huie (1980)
Fé e moeda (1980)
Medidas contra fanáticos (1969)
A defesa sem precedentes do Forte Deutschkreutz (1966)
Ecos de um império sombrio, 1990
O pequeno Dieter precisa voar (1997)
Balada de um Pequeno Soldado (1984)
Gasherbrum (1984)
O grande êxtase do entalhador Steiner (1973-1974)
O diamante branco (2004)
Além do azul selvagem (2005)
Werner Herzog – Retrato de um diretor (1986)
Sou o que são meus filmes - Parte 1, de Christian Weisenborn, Erwin Keusch (1976-78)
Até o fim – e além, de Peter Buchka (1988).
Sou o que são meus filmes – Parte 2 - 30 Anos Depois, de Christian Weisenborn (2009-2010

Mostra Premiados do Festival Internacional de Curtas de Belho Horizonte:

Wakaranai Buta?, de Atsushi Wada (Japão)
The Shutdown, de Adam Stafford (Escócia)
Thermes, de Banu Akseki (Bélgica/França)

Leia a matéria completa na edição deste domingo (03/07) do Caderno C, do Jornal do Commercio.

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