CRÍTICA

Mistura de água e óleo dá certo em Cowboys & aliens

Longa junta faroeste com ficção científica

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 09/09/2011 às 6:00
Paramount Pictures/Divulgação
Longa junta faroeste com ficção científica - FOTO: Paramount Pictures/Divulgação
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É preciso abrir o coração e a mente para se curtir Cowboys & aliens (2011), o inusitado crossover entre filmes de bangue-bangue e ficção científica que estreia nesta sexta-feira (09/09) em todo o País. Para a geração já quase cinquentona, que assistiu à primeira parte da saga Guerra nas estrelas (Star Wars, 1977-1983) no cinema, a aventura não é tão esquisita assim. Mas, esticando um pouco mais a corda para abarcar quem viu de perto os últimos respiros dos faroestes, a experiência é quase um sacrilégio. Mesmo que os dois gêneros tenham tido muita popularidade no anos 1950 - quando os westerns eram filmados em tela larga e o mundo vivia a Guerra Fria -, a mistura entre os dois soa muito estranha, algo como juntar água e óleo.

Quem leu a graphic novel de Scott Mitchell Rosenberg não vai reconhecer muita coisa do que viu no papel, já que ela é pouco mais que uma inspiração para a história do filme. Entretanto, os personagens criados são bastante interessantes, quase todos oriundos da mitologia do faroeste e facilmente reconhecíveis. Mas o bacana é que o elenco se sustenta muito bem, a começar pelo inglês Daniel Craig, o atual James Bond, e pelo veterano Harrison Ford, que traz no rosto a face durona reconhecida por meio mundo nas sagas Guerra nas estrelas e Indiana Jones. Além dos dois, Cowboys & aliens tem ainda a presença luminosa de Olivia Wilde, a atriz que fez nome no seriado House e vem conquistando bons papéis no cinema.

O longa-metragem começa como um bom e velho faroeste, com um personagem sem nome perdido em meio a poeira da pradaria. Com várias escoriações e desmemoriado, o bandido Jack Lonergan (Daniel Craig), saberemos depois o nome dele, estranha mesmo é um bracelete de metal que carrega no braço esquerdo. Depois de se desvencilhar de três homens que tentam lhe assaltar, ele chega a uma cidadezinha onde impera a lei do mais forte. Percy (o esquisito Paul Dano), por ser filho do barão de gado local, o todo-poderoso Dolarhyde (Harrison Fort), aterroriza os moradores de Absolution, no Arizona.

Leia a crítica completa na edição desta sexta-feira (09/09) do Caderno C, do Jornal do Commercio.

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