Uma das perguntas que surgiram na cabeça de muitos assim que foi anunciado o lançamento da animação Gato de Botas (Puss in Boots, 2011, EUA), que está em ritmo de pré-estreia no Recife (ver sessões no roteiro ao lado), foi: “Por que não o burro?”. Afinal, depois de Shrek, o dono da franquia, este parecia ser o personagem mais importante – mais barulhento (estridente, mesmo!), espaçoso e divertido do filme –, candidato natural ao posto de protagonista.
Sorrateiramente, como só os felinos conseguem fazer, o Gato de Botas foi lá e roubou o coração, primeiramente, do diretor Chris Miller, que o conheceu enquanto dirigia Shrek e convenceu a DreamWorks a dedicar-lhe um longa-metragem inteirinho para chamar de seu. “Eu fiquei literalmente obcecado pelo personagem, queria saber tudo sobre ele: quem era, sua origem, por que usava botas, qual o motivo de viver só, sempre viajando e assim por diante”, explicou Chris Miller em entrevista concedida quando esteve no Rio de Janeiro para avant-première.
Como personagem principal o Gato de Botas está pronto para, da mesma forma como aconteceu com o mecenas, roubar o seu coração, o da sua família e até o do namorado rabugento que se acha muito crescido para gostar de desenho animado. A principal diferença quando um personagem secundário dá um pulo para o estrelato é que o que antes era apenas uma fiapo de história precisará ser aprofundado e adquirir substância através da carpintaria da trama.
Leia mais sobre o Gato de Botas na edição desta sexta-feira do JC (2), no Caderno C
