CRÍTICA

Paixão pelo chocolate une casal de tímidos em Românticos anônimos

Comédia franco-belga é uma surpresa agradável

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 10/04/2012 às 6:00
Imovision/Divulgação
Comédia franco-belga é uma surpresa agradável - FOTO: Imovision/Divulgação
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O casamento entre o cinema e a culinária tem sido tão rico que os grandes festivais de cinema – como o Festival de Berlim, por exemplo –, já asseguraram um nicho especial para seus filhotes. Um dos mais recentes é a comédia franco-belga Românticos anônimos (Les emótifs anonymes, 2010), de Jean-Pierre Améris, que tem como mote o encontro entre um homem e uma mulher em torno de uma paixão comum: o chocolate.



Mas eles não vão viver uma história de amor das mais fáceis. Para se acertarem, precisam vencer a barreira da timidez crônica e fazer valer o que sentem um pelo outro. Atualmente em cartaz na Sessão de Arte, o filme ganha nova exibição na próxima quinta-feira (12/04) , às 20h30, no Multiplex Boa Vista, e a partir da sexta (13/04) estreia simultaneamente no Kinoplex Recife e no Cinema Rosa e Silva.

Antes mesmo do primeiro encontro entre Angélique Delange (Isabelle Carré) e Jean-René (Benoît Poelvoorde), o espectador é introduzido no mundo dos “emotivos”, pessoas extremamente fechadas que frequentam grupos de apoio – como os Alcoólicos Anônimos – e fazem terapia para vencer a timidez.

Esta mistura de ingredientes aparentemente díspares é trabalhada com tal presteza por Jean-Pierre Améris e os atores Isabelle Carré e Benoît Poelvoorde que o espectador se rende a Românticos anônimos. O mais interessante é que o tom do humor tem a medida certa para tratar as mazelas dos personagens, sem roçar no mau gosto ou tentar ridicularizar suas dificuldades.

E enquanto eles tentam o milagre do encontro – difícil para todos, inclusive os mais sadios –, ficamos torcendo para que Angélique e Jean-René superem seus medos e fiquem juntos. Com um timing perfeito, o filme dura 80 minutos e, como um bom chocolate, deixa um gostinho de quero mais na boca.

Leia a crítica completa na edição desta terça-feira (10/04) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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