Sem muita pressa a Pixar e a Disney começam a misturar seus DNAs. Com a animação Valente (Brave, 2012), que estreia nesta sexta-feira (20/07), depois de uma semana de degustação em pequena escala nos cinemas recifenses, as duas empresas demonstram que, pela primeira vez, a modernidade da Pixar e o classicismo da Disney já estão a meio caminho para obter uma nova identidade criativa.
A prova de fogo inicial de Valente – a 13ª produção da Pixar – já foi vencida nas bilheterias, o que elevou a moral da empresa depois do fracasso de Carros 2. Até a semana passada, a animação já havia atingido a marca de US$ 200 milhões (R$ 400 milhões) em arrecadação nos Estados Unidos/Canadá. Como a Disney amargou outro fracasso recente, com a superprodução John Carter, o sucesso de Valente pode equilibrar as contas do estúdio.
Para um time formado completamente por homens acostumados com filmes para meninos – de oito a 80 anos, diga-se –, levar a cabo um ideia como Valente foi uma mudança e tanto. Foi preciso, claro, botar uma mulher no meio. A eleita foi a experiente Brenda Chapman (O príncipe do Egito), que criou a história e divide a direção com Mark Andrews e Steve Purcell.
Além de contar com uma menina como protagonista, Valente também é novidade para a Pixar por se tratar de um filme de época. Para a Disney, aparentemente, a personagem não é nenhuma novidade para seu universo de princesas. A diferença é que Merida, a personagem principal de Valente, não é uma princesa qualquer. Afinal, como num filme da Disney uma princesa refuta um destino já traçado pelos pais e – surpresa – ainda dá uma opção mágica para a mãe tomar?
Leia a crítica completa na edição desta sexta-feira (20/07) no Caderno C, do Jornal do Commercio.
