Estreia

Filme Até que a sorte nos separe não tem graça

Longa estreia nacionalmente nesta sexta

AD Luna
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AD Luna
Publicado em 05/10/2012 às 6:03
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Tino (Leandro Hassum) e Jane (Danielle Winits) formam um casal que passa por problemas financeiros, até que uma aposta feita por ela na Mega-Sena os transforma em milionários. No entanto, o comportamento altamente perdulário, esbanjador e descontrolado – mantido pelos dois, durante dez anos – faz com que os R$ 100 milhões ganhos no concurso sumam de suas contas bancárias. Ao tomar conta da desgraça iminente, Tino comunica aos dois filhos a situação, mas precisa poupar a esposa da notícia porque ela está grávida do terceiro rebento e, por recomendação médica, não pode passar por fortes emoções. Essa é a narrativa básica da (tentativa) de comédia Até que a sorte nos separe, que estreia nacionalmente hoje.

Dirigido por Rodrigo Santucci, (que também comandou o bem-sucedido, nas bilheterias, De pernas pro ar, de 2010), Até que a sorte nos separe foi “livremente inspirado no best-seller” Casais inteligentes enriquecem juntos, livro escrito pelo autor Gustavo Cerbasi e que se propõe a ser um manual de educação financeira. “A primeira reação que tive quando me propuseram a tarefa de o roteiro baseado no livro foi ‘não dá!’ Mas, essa sempre é minha reação quando me pedem isso”, brinca o roteirista Paulo Cursino, que dividiu a tarefa com Angelica Lopes. A humanidade agradeceria se ele não tivesse topado o “desafio”.

Em um ano com poucos sucessos de bilheteria, Até que a sorte nos separe está sendo apontado como a “salvação” do cinema nacional em 2012. O problema é que o filme é espetacularmente ruim. As piadas são fraquíssimas, a atuação da maioria dos atores é constrangedora e a direção de Roberto Santucci é desleixada. Para ter ideia da tragédia, imagine uma mistura entre os piores momentos de Zorra total, Malhação e Turma do Didi

Com a ascensão da chamada classe C, diversos canais de comunicação têm relacionado linguagem simples a conteúdo raso e imbecilizante, sem demonstrar nenhum constrangimento em oferecer esse prato indigesto à classe ascendente como se ela não tivesse a capacidade de apreciar produtos melhor elaborados. Até que sorte nos separe é justamente um exemplo desse tipo de obra que subestima a inteligência alheia.

Assista ao trailler


 

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