CINEMA

Lovelace reabilita história da atriz de Garganta profunda

Filme é o cartaz da Sessão de Arte do Grupo Ribeiro/UCI

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 01/11/2013 às 6:02
Paris Filmes/Divulgação
Filme é o cartaz da Sessão de Arte do Grupo Ribeiro/UCI - FOTO: Paris Filmes/Divulgação
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Especialistas em documentários sobre a condição homossexual nos Estados Unidos e no mundo, a dupla Rob Epstein e Jeffrey Friedman se bandeou para a ficção a partir da adaptação de Uivo (Howl, 2010), o clássico poema beatnik de Allen Ginsberg. O mais novo trabalho deles também é uma prospecção sobre como a sociedade americana aprendeu a conciliar sexo e puritanismo em meados da década de 1970.

Lovelace (2013), que estreia neste sábado na Sessão de Arte do Grupo Ribeiro/UCI, é uma biografia da estrela pornô Linda Lovelace. Ela entrou para a história por sua participação em Garganta profunda (Deep throat, 1973), o primeiro filme pornográfico da história a se tornar um objeto de culto.

À maneira de um documentário-dramático, o filme faz a crônica da vida de Linda (Amanda Seyfried) a partir do seu envolvimento com Chuck Traynor (Peter Sarsgaard), o marido cabra safado que a transformou em atriz pornô e prostituta. Filha de um casal católico (Sharon Stone, irreconhecível, e Robert Patrick), ela foi criada para obedecer ao marido.

Sempre conscienciosos, Epstein e Friedman contam a história de Linda para mostrar que suas habilidades orais em Garganta profunda foram uma desgraça para sua vida. De certa maneira, Lovelace é uma tentativa de se limpar o nome dela. Apesar de não ambicionar muito, o filme tem dignidade e consegue captar o clima dos Estados Unidos à época, com destaque para a presença de Richard Nixon (durante o caso Watergate), a liberação feminina e a nascente indústria pornográfica norte-americana. 

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