O renascimento do festival de Paulínia

Evento tem a participação de dois longas-metragens pernambucanos - **FOTO: Imovision/Divulgação**

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Uma história de intriga política, envolvendo dois prefeitos do mesmo partido, por pouco não acaba com o Paulínia Filme Festival – o festival de cinema da pequena e rica – graças aos impostos de uma refinaria de petróleo – cidade paulistana, distante 118 quilômetros de São Paulo.

Depois de um hiato de dois anos sem mostras competitivas, a 6ª edição promete reviver o fausto dos primeiros anos do evento. Segundo o curador do festival, o crítico paulista Rubens Ewald Filho, a outra boa notícia é a restauração do Pólo de Cinema. “Ficou acertado que iremos anunciar os próximos filmes que serão feitos em Paulínia”, garantiu.

A partir desta quarta (23/7), 17 filmes – nove longas e oito curtas-metragens – vão disputar a gorda premiação de R$ 800 mil, a maior entre todos os festivais brasileiros. O prêmio mais cobiçado é o de Melhor Longa-metragem, cujo valor de R$ 300 mil é um sonho para produtores e realizadores presentes em Paulínia.

Nesta terça (22/7), a abertura no Teatro Paulo Gracindo tem dois momentos: às 19, uma homenagem aos 25 anos da distribuidora Imovision (leia texto ao lado) e, às 20h30, a première da cinebiografia Não pare na pista - A melhor história de Paulo Coelho, de Daniel Augusto.

O festival vai até domingo, com a entrega dos prêmios e a sessão de encerramento com o longa Bem-vindo à Nova York, de Abel Ferrara, que se inspira no caso de abuso sexual envolvendo o economista e político francês Dominique Strauss-Kahn (DSK), acusado de assediar uma camareira em um hotel em Nova Iorque.

Entre os nove longas em competição, dois são pernambucanos: A história da eternidade, de Camilo Cavalcanti, e Sangue azul, de Lírio Ferreira. Exibido no último Festival de Roterdã, o primeiro longa de Camilo se passa no sertão e conta três histórias de amor e desejo. O elenco traz o pernambucano Irandhir Santos e a paraibana Marcélia Cartaxo (a Macabéa, de A hora da estrela), entre outros. “Paulínia renasce bem e a escolha dos filmes reflete a autoralidade desse grupo de cineastas. É um prazer estar entre eles”, analisa Camilo.

Um dos mais premiados cineastas locais, Lírio Ferreira chega à invejável marca de cinco longas com Sangue azul, uma história de reencontro familiar que tem como cenário uma ilha (as filmagens aconteceram em Fernando de Noronha). No vasto elenco, destaque para Daniel Oliveira, Carolina Abras, Matheus Nachtergaele, Sandra Corveloni e Paulo César Pereio. “O grande prêmio já foi ter feito essa aventura. O bom agora é que o filme vai ganhar vida. Ele acabou de sair do forno e estou feliz por estar no festival”, disse Lírio.

Programação

Dia 22 de julho, terça-feira

19h: Cerimônia de Abertura 6º Paulínia Film Festival

Homenagem aos 25 anos da Imovision

Theatro Municipal Paulo Gracindo

20h30: exibição do longa-metragem Não Pare Na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho, de Daniel Augusto (presenças confirmadas do diretor e elenco)