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Cavaleiros voltam elétricos

Personagens mitológicos do mangá reaparecem 20 anos depois da estreia no Brasil em aventura cinematográfica renovada

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 11/09/2014 às 7:28
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Personagens mitológicos do mangá reaparecem 20 anos depois da estreia no Brasil em aventura cinematográfica renovada - FOTO: NE10
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Vinte anos depois de estrear na TV brasileira, os Cavaleiros do Zodíaco estão de volta, dessa vez numa aventura cinematográfica totalmente renovada. Dirigido por Keiichi Sato, o longa A lenda do santuário faz uma releitura tanto dos universo do anime e do mangá, quanto de um do arco mais famoso da saga.

Se você é fã do desenho que passou na TV Manchete nos anos 1990, se prepare para encontrar versões totalmente novas de Seiya, Shun, Shiryu, Hyoga e Ikki. Tudo, desde a origem dos cavaleiros até seu visual foi modificado e renovado. Ao mesmo tempo, a distribuidora brasileira Diamond Films deu um presente para os fãs antigos e convocou todos os dubladores originais do anime para reviverem os personagens.

No enredo, Saori Kido é a reencarnação da deusa Atena, e foi salva da morte pelo cavaleiro de Sagitário, Aioros. No resgate, entretanto, o cavaleiro é morto, e a bebê acaba aos cuidados do bilionário japonês Mitsumasa Kido. O empresário então, secretamente, reúne garotos órfãos que possuem o potencial de elevar seus cosmos (energia interna de cada um, tipo a Força em Star Wars) e defender a deusa, para que ela possa reclamar o que lhe é de direito.

Para quem já é familiarizado com a mitologia dos Cavaleiros do Zodíaco, é muito fácil entender o que está acontecendo e a motivação dos personagens. Mas para os novatos na saga, o filme pode parecer uma sucessão de lutas épicas, mas sem nenhum espaço para desenvolvimento da história ou dos personagens. Por isso, A lenda do santuário acaba se tornando muito mais um produto direcionado para quem já é fã da série, e nem tanto para captar novos seguidores.

Ainda assim, o longa possui alguns elementos que podem desagradar os admiradores mais xiitas e favorecer o público jovem. Para começar, a animação não é em desenho tradicional 2D, e sim gerada por computador (como os videogames). Os protagonistas estão mais descolados, embora mantenham os traços das suas personalidades. O design das armaduras é totalmente novo, e quando vestidas lembram mais um super sentai (como Power Rangers) do que o visual do anime antigo. 

A batalha nas doze casas contra os cavaleiros de ouro (um de cada signo), ponto alto da história, também é feita de forma bem apressada. O que levou dezenas de episódios na TV deve agora durar pouco mais de uma hora. Então não se assuste se os heróis pularem uma casa ou outra, já que o senso de urgência está no máximo. É nessa parte também que as diferenças entre versões são mais profundas, como o fato de Máscara da Morte, de Câncer, ter se tornado um bufão (quase uma cópia do Jack Sparrow de Johnny Depp) e Miro, de Escorpião ser uma mulher – essa mudança sendo muito bem-vinda.

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