Surpreendente sucesso de bilheteria, com uma renda de US$ 80 milhões (cerca de R$ 183 milhões), o drama familiar-ecológico Winter, o golfinho estava fadado a ganhar uma continuação. Três anos depois, estreia hoje no Brasil, simultaneamente com os Estados Unidos, a sequência, novamente dirigida pelo ator-diretor Charles Martin Smith.
Baseado numa história real, o primeiro filme acompanhava a recuperação do golfinho fêmea Winter num aquário da Flórida. Sem a cauda, perdida numa armadilha para caranguejos, o animal estava marcado para morrer. Com a ajuda de biólogos e de uma prótese, ele voltou a nadar e se transformou num exemplo de superação para pessoas de todo o mundo.
À história real, as roteiristas Karen Janszen e Noam Dromi criaram uma trama envolvendo Winter e Sawyer (Nathan Gamble), um garoto órfão que ajudou no seu resgate. Ele se afeiçoa a Winter e passa a trabalhar no aquário chefiado biólogo Clay Haskett (Harry Connick Jr). Um dos pontos fortes do filme era a maneira como o problema do golfinho se assemelhava à recuperação de soldados mutilados num centro de reabilitação.
Em Winter, o golfinho 2, Charles Martin Smith escreveu uma nova história, novamente baseada em fatos que aconteceram no aquário, em que Sawyer, ainda muito ligado ao golfinho, recebe um convite para estudar em Boston. Ele fica ainda mais indeciso quando Winter, depois de perder a companheira de piscina, começa a ficar indócil. Mandy, outra fêmea resgatada, poderia ficar ao seu lado e deixá-la estável.
O problema é que o animal, já curado, precisa ser devolvido ao mar. Mesmo com o risco de perder Winter, o biólogo Clay não abre mão do lema “resgatar, curar e soltar”. Paralelamente, a pequena Hazel (Cozi Zuehlsdorff), filha de Clay, agora já grandinha, começa a ter outros sentimentos pelo menino.
Ao contrário de tantos outros filmes orientados para crianças e adolescentes, Winter, o golfinho 2 tentar dar lições de responsabilidade e ética sobre coisas do cotidiano. Mas faz isso de um jeito sutil e sem subterfúgios.
Praticamente todo o elenco do primeiro filme está de volta, inclusive Morgan Freeman (o médico especialista em próteses) e Ashley Judd (a mãe de Sayer). Diferente do primeiro, o novo filme não foi filmado em 3D. E isso não faz nenhuma falta.
