Os cineastas brasileiros fizeram história na noite desta terça-feira (23/9), durante a cerimônia de premiação do 47º Festival de Brasília. Em comum acordo, os responsáveias pelos seis filmes que concorriam na Mostra Competitiva de Longas-metragens, que corresponde a um prêmio em dinheiro de R$ 250 mil, resolveram partilhar a quantia, que eles consideraram exorbitante para uma única produção.
O Candango de Melhor Filme foi para a produção ceilandense Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós, que reconta uma tragédia, num misto de documentario e ficção científica, de um caso ocorrido nos anos 1980, quando dois rapazes da cidade-satélite ficaram feridos durante uma ação policial em um baile black. O rapper Marquim do Tropa, que ficou paralítico depois de levar tiros dos policiais, ganhou o Candango de Melhor ator.
O cinema pernambucano, apesar de não ter levado o prêmio principal na categoria de longa-metragem, saiu bastante premiado. Brasil S.A. , de Marcelo Pedroso, acumulou cinco Candangos: Melhor Direção (Pedroso), Melhor Roteiro (Pedroso), Melhor Trilha Sonora (Mateus Alves), Melhor Som (Pablo Lamar) e Melhor Montagem (Daniel Bandeira). Ventos de agosto, o outro longa pernambucano da competição, ganhou os Candangos de Melhor Fotografia (Gabriel Mascaro) e Melhor Atriz (Dandara de Morais).
Na Mostra Competitica de Curtas-metagrens, os dois filmes pernabucanos ficaram com quase a metade dos prêmios. Sem coração ganhou os Candangos de Melhor Filme, Melhor Direção (Nara Normande e Tião) e Melhor Montagem (também dos autores do filme). Já Loja de répteis, de Pedro Severien, levou os Candangos de Melhor Fotografia (Beto Martins), Melhor Trilha Sonora (Mateus Alves, Pedro Bianchi e Vinícius Nunes) e Melhor Direção de Arte (Juliano Dornelles).
Pos sua participação em Estátua!, de Gabriel Amaral Almeida, Maeve Jinkings foi a escolhida a Melhor Atriz da Mostra Competitiva de Curtas-metragens. No ano passado, ela há havia ganhado o Candango de Melhor Atriz pelo longa Amor, plástico e barulho. Este ano, ele concorreu com três curtas: Estátua!, Sem coração e Loja de répteis.
Na premiação paralelas, Sem coração ainda ganhou o Prêmio de Aquisição Canal Brasil. E Ventos de Agosto, o Prêmio Vagalume.
Resultado final da premiação:
RESULTADO OFICIAL
MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE LONGA-METRAGEM
Melhor filme (R$ 250.000,00) – Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
Melhor filme pelo júri popular (R$ 50.000,00) – Sem pena, de Eugenio Puppo
Melhor direção (R$ 30.000,00) - Marcelo Pedroso, por Brasil S/A
Melhor ator (R$ 15.000,00) – Marquim do Tropa, por Branco sai. Preto fica
Melhor atriz (R$ 15.000,00) – Dandara de Morais, por Ventos de Agosto
Melhor ator coadjuvante (R$ 10.000,00) – Renato Novais de Oliveira, por Ela volta na quinta
Melhor atriz coadjuvante (R$ 10.000,00) – Élida Silpe, por Ela volta na quinta
Melhor roteiro (R$ 15.000,00) – Marcelo Pedroso, por Brasil S/A
Melhor fotografia (R$ 15.000,00) – Gabriel Mascaro, por Ventos de Agosto
Melhor direção de arte (R$ 15.000,00) – Denise Vieira, por Branco sai. Preto fica
Melhor trilha sonora (R$ 15.000,00) – Mateus Alves, por Brasil S/A
Melhor som (R$ 15.000,00) – Pablo Lamar, por Brasil S/A
Melhor montagem (R$ 15.000,00) – Daniel Bandeira, por Brasil S/A
MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM
Melhor filme (R$ 35.000,00) – Sem coração, de Nara Normande e Tião
Melhor filme pelo júri popular (R$ 25.000,00) – Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor direção (R$ 15.000,00) - Nara Normande e Tião, por Sem coração
Melhor ator (R$ 10.000,00) - Zé Dias, por Geru
Melhor atriz (R$ 10.000,00) – Maeve Jinkings, por Estátua!
Melhor roteiro (R$ 10.000,00) – Gabriela Amaral Almeida, por Estátua!
Melhor fotografia (R$ 10.000,00) – Beto Martins, por Loja de répteis
Melhor direção de arte (R$ 10.000,00) – Juliano Dornelles, por Loja de répteis
Melhor trilha sonora (R$ 10.000,00) – Piero Bianchi, Vinícius Nunes e Mateus Alves , por Loja de
répteis
Melhor som (R$ 10.000,00) – Fábio Baldo, por Geru
Melhor montagem (R$ 10.000,00) - Nara Normande e Tião, por Sem coração
TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DF - MOSTRA BRASÍLIA
Melhor longa-metragem – Branco Sai. Preto Fica, de Adirley Queirós
Melhor curta-metragem – Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor direção – André Luiz Oliveira, por Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato
Matos
Melhor ator – Marquim do Tropa, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor atriz – Klarah Lobato, por Querido Capricórnio
Melhor roteiro – Fáuston da Silva, por Ácido Acético
Melhor fotografia – Dani Azul, por Meio Fio
Melhor montagem – Guille Martins, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor direção de arte – Luiz Fernando Skopein, por À Mão Armada
Melhor edição de som – Guille Martins e Camila Machado, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor captação de som direto – Francisco Craesmeyer, por Branco Sai. Preto Fica
Melhor trilha sonora – Renato Matos, por Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato
Matos
Melhor longa-metragem pelo júri popular – Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato
Matos, de André Luiz Oliveira
Melhor curta-metragem pelo júri popular – Ácido Acético, de Fáuston da Silva
PRÊMIO MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES: Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos,
de André Luiz Oliveira
PRÊMIO CANAL BRASIL: Sem coração, de Nara Normande e Tião
PRÊMIO EXIBIÇÃO TV BRASIL: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
PRÊMIO ABRACCINE
Melhor filme de curta-metragem: Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida
Melhor filme de longa-metragem: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
PRÊMIO SARUÊ: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós
PRÊMIO VAGALUME
Melhor filme de curta-metragem: Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor filme de longa-metragem: Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro
PRÊMIO CONTERRÂNEOS: Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz
Oliveira
O repórter viajou a convite da organização do festival.