CINEMA

Em noite histórica, Branco sai, preto fica conquista o Candango de Melhor Filme do Festival de Brasília 2014

Longas e curtas pernambucanos levaram a maior parte dos prêmios

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 24/09/2014 às 1:38
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Os cineastas brasileiros fizeram história na noite desta terça-feira (23/9), durante a cerimônia de premiação do 47º Festival de Brasília. Em comum acordo, os responsáveias pelos seis filmes que concorriam na Mostra Competitiva de Longas-metragens, que corresponde a um prêmio em dinheiro de R$ 250 mil, resolveram partilhar a quantia, que eles consideraram exorbitante para uma única produção.

O Candango de Melhor Filme foi para a produção ceilandense Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós, que reconta uma tragédia, num misto de documentario e ficção científica, de um caso ocorrido nos anos 1980, quando dois rapazes da cidade-satélite ficaram feridos durante uma ação policial em um baile black. O rapper Marquim do Tropa, que ficou paralítico depois de levar tiros dos policiais, ganhou o Candango de Melhor ator.

O cinema pernambucano, apesar de não ter levado o prêmio principal na categoria de longa-metragem, saiu bastante premiado. Brasil S.A. , de Marcelo Pedroso, acumulou cinco Candangos: Melhor Direção (Pedroso), Melhor Roteiro (Pedroso), Melhor Trilha Sonora (Mateus Alves), Melhor Som (Pablo Lamar) e Melhor Montagem (Daniel Bandeira). Ventos de agosto, o outro longa pernambucano da competição, ganhou os Candangos de Melhor Fotografia (Gabriel Mascaro) e Melhor Atriz (Dandara de Morais).

Na Mostra Competitica de Curtas-metagrens, os dois filmes pernabucanos ficaram com quase a metade dos prêmios. Sem coração ganhou os Candangos de Melhor Filme, Melhor Direção (Nara Normande e Tião) e Melhor Montagem (também dos autores do filme). Já Loja de répteis, de Pedro Severien, levou os Candangos de Melhor Fotografia (Beto Martins), Melhor Trilha Sonora (Mateus Alves, Pedro Bianchi e Vinícius Nunes) e Melhor Direção de Arte (Juliano Dornelles).

Pos sua participação em Estátua!, de Gabriel Amaral Almeida, Maeve Jinkings foi a escolhida a Melhor Atriz da Mostra Competitiva de Curtas-metragens. No ano passado, ela há havia ganhado o Candango de Melhor Atriz pelo longa Amor, plástico e barulho. Este ano, ele concorreu com três curtas: Estátua!, Sem coração e Loja de répteis.

Na premiação paralelas, Sem coração ainda ganhou o Prêmio de Aquisição Canal Brasil. E Ventos de Agosto, o Prêmio Vagalume.

Resultado final da premiação:

RESULTADO OFICIAL

 

MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE LONGA-METRAGEM

Melhor filme (R$ 250.000,00) – Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós

Melhor filme pelo júri popular (R$ 50.000,00) – Sem pena, de Eugenio Puppo

Melhor direção (R$ 30.000,00) - Marcelo Pedroso, por Brasil S/A

Melhor ator (R$ 15.000,00) – Marquim do Tropa, por Branco sai. Preto fica

Melhor atriz (R$ 15.000,00) – Dandara de Morais, por Ventos de Agosto

Melhor ator coadjuvante (R$ 10.000,00) – Renato Novais de Oliveira, por Ela volta na quinta

Melhor atriz coadjuvante (R$ 10.000,00) – Élida Silpe, por Ela volta na quinta

Melhor roteiro (R$ 15.000,00) – Marcelo Pedroso, por Brasil S/A

Melhor fotografia (R$ 15.000,00) – Gabriel Mascaro, por Ventos de Agosto

Melhor direção de arte (R$ 15.000,00) – Denise Vieira, por Branco sai. Preto fica

Melhor trilha sonora (R$ 15.000,00) – Mateus Alves, por Brasil S/A

Melhor som (R$ 15.000,00) – Pablo Lamar, por Brasil S/A

Melhor montagem (R$ 15.000,00) – Daniel Bandeira, por Brasil S/A

 

MOSTRA COMPETITIVA DE FILMES DE CURTA-METRAGEM

Melhor filme (R$ 35.000,00) – Sem coração, de Nara Normande e Tião

Melhor filme pelo júri popular (R$ 25.000,00) – Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano

Melhor direção (R$ 15.000,00) - Nara Normande e Tião, por Sem coração

Melhor ator (R$ 10.000,00) - Zé Dias, por Geru

Melhor atriz (R$ 10.000,00) – Maeve Jinkings, por Estátua!

Melhor roteiro (R$ 10.000,00) – Gabriela Amaral Almeida, por Estátua!

Melhor fotografia (R$ 10.000,00) – Beto Martins, por Loja de répteis

Melhor direção de arte (R$ 10.000,00) – Juliano Dornelles, por Loja de répteis

Melhor trilha sonora (R$ 10.000,00) – Piero Bianchi, Vinícius Nunes e Mateus Alves , por Loja de 

répteis

Melhor som (R$ 10.000,00) – Fábio Baldo, por Geru

Melhor montagem (R$ 10.000,00) - Nara Normande e Tião, por Sem coração

 

TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DF - MOSTRA BRASÍLIA

Melhor longa-metragem – Branco Sai. Preto Fica, de Adirley Queirós

Melhor curta-metragem – Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano

Melhor direção – André Luiz Oliveira, por Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato 

Matos

Melhor ator – Marquim do Tropa, por Branco Sai. Preto Fica

Melhor atriz – Klarah Lobato, por Querido Capricórnio

Melhor roteiro – Fáuston da Silva, por Ácido Acético

Melhor fotografia – Dani Azul, por Meio Fio

Melhor montagem – Guille Martins, por Branco Sai. Preto Fica

Melhor direção de arte – Luiz Fernando Skopein, por À Mão Armada

Melhor edição de som – Guille Martins e Camila Machado, por Branco Sai. Preto Fica

Melhor captação de som direto – Francisco Craesmeyer, por Branco Sai. Preto Fica

Melhor trilha sonora – Renato Matos, por Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato 

Matos

Melhor longa-metragem pelo júri popular – Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato 

Matos, de André Luiz Oliveira

Melhor curta-metragem pelo júri popular – Ácido Acético, de Fáuston da Silva

 

PRÊMIO MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES: Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, 

de André Luiz Oliveira

PRÊMIO CANAL BRASIL: Sem coração, de Nara Normande e Tião

PRÊMIO EXIBIÇÃO TV BRASIL: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós

PRÊMIO ABRACCINE

Melhor filme de curta-metragem: Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida

Melhor filme de longa-metragem: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós

PRÊMIO SARUÊ: Branco sai. Preto fica, de Adirley Queirós

PRÊMIO VAGALUME

Melhor filme de curta-metragem: Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano

Melhor filme de longa-metragem: Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro

PRÊMIO CONTERRÂNEOS: Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz 

Oliveira

O repórter viajou a convite da organização do festival.

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