Alexandre e o dia terrível, horrível, espantoso e horroroso é um grande candidato para ganhar o prêmio de maior título do ano. Essa deve ser, porém, sua única glória. A comédia familiar, produzida pela Disney, estreia hoje nos cinemas. Para quem tem amor ao dinheirinho suado e aos seus filhinhos, talvez seja melhor esperar para assisti-lo no Disney Channel em alguns meses.
Não é que o filme seja terrível, horrível e horroroso. Simplesmente, não tem nada de espantoso. Dirigido por Miguel Arteta, que já foi indie um dia, Alexandre peca por excesso de perfeição da idealizada família americana em que todos os conflitos são resolvidos num passe de mágica.
Talvez funciona apenas para o público americano, como aquelas histórias infantis esquisitas do Dr. Seuss. Esta, por exemplo, também saiu de um clássico livro infantil escrito por Judith Viorst e publicado em 1972, inclusive já adaptado para a TV (HBO) e o teatro.
A trama é engraçadinha: Alexander, um garoto azarado, acredita que vai ter um péssimo aniversário de 12 anos. Antes de dormir, ele deseja que a família também tenha um dia ruim. E o que acontece? Claro, toda a família se atrapalha, o pai, a mãe, o irmão, a irmã e até o bebê da família.
Como tudo parece previsível e condenado a dar certo, o filme só muda de rota quando Steve Carrel, o pai, se anima a fazer graça. E ele só faz isso uma vez. É pouco.