CINEMA

Moviemax investe no sonho

Empresa pernambucana aposta no mercado de exibição cinematográfica

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 30/11/2014 às 11:00
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Empresa pernambucana aposta no mercado de exibição cinematográfica - FOTO: Divulgação
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Superoitista na juventude e fascinado pelo cinema desde a infância – quando o pai exibia filmes clássicos em 16 mm para ele e os amigos –, o empresário Paulo Menelau completa 10 anos à frente de um projeto que vem mudando o mercado exibidor de Pernambuco. Nesse período, ele revitalizou três cinemas: o Eldorado, em Garanhuns; o Royal, em São Lourenço da Mata; e o Rosa Silva, no bairro dos Aflitos. Agora, Paulo prepara seu voo mais ousado: criar um complexo localizado num shopping center, em Camaragibe, que terá entre cinco e seis salas, com inauguração prevista para o próximo ano.

Em pouco tempo, a empresa PMC Cinemas, que ele comanda ao lado de Cristina, com quem está casado há 28 anos, terá no mínimo 12 salas no Estado – todas equipadas e digitalizadas dentro padrão mundial DCI (Digital Cinema Initiatives), um conjunto de normas técnicas para exibição em vigor desde 2002, criado a partir de uma comissão formada pelos principais estúdios americanos (Paramount, Universal, Fox, Warner, Disney e Sony). Foi essa comissão que decretou a troca da película cinematográfica pelo arquivo digital DCP (Digital Cinema Package), o padrão atual de exibição mundial.

Aqui no Brasil, o processo de troca do parque exibidor está bastante acelerado e estima-se que, dentro de um ano, todos os cinemas do País já estarão digitalizados. Depois de reformar todas as salas que adquiriu e equipar duas com projetores Barco, uma dele 3D, no Cinema Rosa e Silva – renomeado para Moviemax Rosa e Silva –, o empresário está em vias de concluir a digitalização de outras cinco: uma no Royal, duas no Eldorado e duas no Rosa e Silva. “Os projetores já estão a caminho e a instalação deve acontecer até o dia 15 de dezembro. O investimento dessa operação foi de R$ 2,2 milhões, com recursos próprios e parte financiada pelo BNDES, a partir do Programa Brasil de Todas as Telas do Fundo Setorial do Audiovisual/Ancine”, revela o empresário.

A existência de empresários como Paulo Menelau é de extrema importância para a democratização do mercado exibidor brasileiro. Sem as empresas pequenas, que administram de quatro a 15 salas, o País fica à mercê dos grupos estrangeiros. O maior exemplo está em cartaz desde que Jogos vorazes: a esperança - parte 1 tomou de assaltou mais de 1.300 salas de cinemas do Brasil, o equivalente a 46% do parque existente. O presidente da Ancine, Manoel Rangel, considerou a prática como predatória por expulsar filmes, homogeneizar a oferta e acabar com a diversidade.

Leia a reportagem completa na edição deste domingo (30/11) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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