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Pernambuco terá dois representantes no 65º Festival de Berlim

Brasil S/A, de Marcelo Pedroso, participa da mostra Fórum; Sangue azul, de Lírio Ferreira, na Panorama. Programação paralela que exibe filmes inéditos na Europa

Do JC Online
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Publicado em 17/01/2015 às 9:05
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Brasil S/A, de Marcelo Pedroso, participa da mostra Fórum; Sangue azul, de Lírio Ferreira, na Panorama. Programação paralela que exibe filmes inéditos na Europa - FOTO: NE10
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Pernambuco terá dois representantes no 65º Festival de Berlim, que ocorre na capital da Alemanha, de 5 a 15 de fevereiro. Brasil S/A, de Marcelo Pedroso, participa da mostra Fórum; Sangue azul, de Lírio Ferreira, na Panorama – programação paralela que exibe filmes inéditos na Europa. Este ano, a Panorama conta ainda com os brasileiros Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, e Ausência, de Chico Teixeira, que tem no elenco o ator Irandhir Santos, também pernambucano, interpretando um professor. 

Foram anunciadas outras quatro participações representando o Brasil: o longa-metragem Beira-mar, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher; a o curta-metragem Mar de fogo, de Joel Pizzini; e dois projetos que entraram no Mercado de Produção.  A estreia mundial de Nobody wants the night, da diretora espanhola Isabel Coixet, com a atriz Juliette Binoche, marca a abertura do festival berlinense.

Brasil S/A é apresentado pelos organizadores do evento como “a estreia de uma sátira visualmente e auditivamente impressionante”. “Achei massa porque o filme vai fazer parte de uma mostra voltada para a ideia de cinema radical, de vanguarda e político”, considerou Pedroso. “Acredito que ela é a que mais dialoga com os pressupostos do filme. Entraremos em contato com filmes do mundo inteiro que vão ter, eu imagino, algum diálogo com Brasil S/A.” E afirma ainda o diretor: “Acho que vai ser muito enriquecedor, estimulante, excitante”. Ele deve ir para Berlim junto com a produtora do filme, Livia de Melo, e possivelmente, o preparador de elenco, João Lima, que mora em Barcelona.

SANGUE AZUL

“Estou muito feliz. Entrar em Berlim é privilégio, um prêmio pra todo elenco, pra toda a equipe”, comemorou Lírio Ferreira, diretor de Sangue azul. “Armar o nosso circo em Berlim vai ser muito bacana.” Desde o final da semana passada, Lírio havia sido comunicado pela organização do festival alemão sobre a escolha de seu filme para abrir a mostra Panorama – fazendo, assim, a estreia internacional de Sangue azul. Mas precisou guardar segredo sobre a ótima nova até ontem, quando o notícia oficial foi, enfim, divulgada. 

Depois de morar no Rio e em São Paulo, e de continuar passando grandes temporadas nas duas cidades por causa do trabalho, ele soube da escolha no Recife, onde mora. “Vivo pulando. Mas digo que, se alguém quiser me mandar flores, mande pro Recife.” Sangue azul foi visto no Recife, em sessão única, durante o enceramento da 7ª Janela Internacional de Cinema, em novembro de 2014. Passou por outros festivais internacionais, mas todos realizados no Brasil. Saiu com prêmios no Rio e de Paulínia (SP).

“Nem nos meus melhores sonhos imaginava abrir uma mostra tão importante, num dos três maiores festivais internacionais de cinema”, confessa Lírio. “O festival de Berlim é uma vitrine para filmes autorais. Era justo o que eu e toda a equipe queríamos”, Diz Lírio

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