CINEMA

Marcelo Pinheiro emplaca dois curtas no Cine PE

Xirê, o primeiro, será apresentado neste domingo (3/5), no Cinema São Luiz

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 03/05/2015 às 6:00
Sergio Bernardo/JC Imagem
Xirê, o primeiro, será apresentado neste domingo (3/5), no Cinema São Luiz - FOTO: Sergio Bernardo/JC Imagem
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Uma das boas surpresas do 19º Cine PE: Festival do Audiovisual é a inclusão de dois curtas-metragens dirigidos pelo cineasta pernambucano Marcelo Pinheiro. Na 9ª edição do evento, em 2005, ele foi um dos principais vencedores do festival com o documentário Siba e a Fuloresta do Samba, que ganhou os Calungas de Melhor Filme, Melhor Direção e Montagem na categoria Curtas em 35mm. 

Neste domingo (03/5) à noite, no Cinema São Luiz, Marcelo apresenta o curta de ficção Xirê, realizado no ano passado e que concorre na Mostra PE. Na quarta, a vez é do recém-finalizado documentário Bajado, o único representante do cinema local na Mostra Curta Brasil.

Apesar da filmografia pequena, o que torna-o desconhecido para a nova geração de cinéfilos, Marcelo tem uma carreira de 20 anos como diretor e uma participação histórica na retomada do cinema pernambucano e brasileiro, no final da década de 1990. Para o mercado publicitário e as emissoras de TV, seu nome talvez seja a maior referência no Estado. “Já dirigi mais de 500 peças publicitárias e dezenas de programas televisivos”, lembra Marcelo ao repórter. 

Os dois filmes que estão em competição no Cine PE deste ano, de acordo com Marcelo, encerram uma trilogia dos seus temas mais caros: a dança e a cultura popular. Xirê remete à Lua cambará – sua primeira experiência com audiovisual, realizada em 1989, a partir de um espetáculo do coreógrafo tcheco Zdenek Hampl, que trabalhou na Globo, no Rio de Janeiro, e depois radicou-se no Recife, nos anos 1980. Os dois filmes têm em comum o mesmo protagonista: o bailarino Robson Duarte, que há 22 anos vive em Porto Alegre. 

Em relação ao documentário Bajado, Marcelo diz que foi convidado pelo produtor Ernâni Queiroz, da Cacoete Filmes, para dirigir. “Eu conhecia Bajado. Como era amigo de Zé Som, vizinho dele, íamos muito pra sua casa. A gente dava cachaça a Bajado, para desespero de sua mulher, que não gostava disso. Os personagens que ele desenhou ainda estão circulando pelas ladeiras da cidade”, acredita o cineasta, que ainda diz que o filme não existiria sem as imagens em Super 8 cedidas pelo falecido cineasta Fernando Spencer e o crítico de cinema Celso Marconi.

Leia a reportagem completa na edição deste domingo (03/5) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

 

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