CINEMA

Filmes pernambucanos se preparam para o corpo a corpo com o público

Permanência e Sangue azul estão engatilhados para entrar nos cinemas

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 24/05/2015 às 6:00
Pedro Sotero/Divulgação
Permanência e Sangue azul estão engatilhados para entrar nos cinemas - FOTO: Pedro Sotero/Divulgação
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Nas próximas semanas, o cinema pernambucano vai estar em pé de guerra para conquistar mais espaço no parque exibidor brasileiro, com as estreias nacionais dos longas-metragens Permanência, de Leonardo Lacca, na quinta-feira, 28; e Sangue azul, de Lírio Ferreira, no dia 4 de junho.

Como todos sabem, fazer com que os filmes cheguem aos cinemas tem sido o maior desafio de grande parte da produção cinematográfica nacional – o tão falado gargalo que emperra o crescimento do cinema feito no País. No ano passado, 114 longas-metragens brasileiros levaram 19 milhões de pessoas às salas de cinema, fechando o ano com 12,2% de market share.

Para que Permanência aproveite o seu melhor momento – afinal, foi o grande vencedor do Cine PE 2015, com cinco prêmios Calungas, incluindo o de Melhor Filme – e garanta uma boa quantidade de cópias para exibição, a distribuidora Sílvia Cruz, da Vitrine Filmes, montou uma estratégia: o lançamento do longa será realizado em 13 salas (o número ainda pode aumentar, porque os exibidores só fecham a programação amanhã). 

A principal ajuda foi a verba de distribuição que o longa ganhou do Edital do Audiovisual/Funcultura. “As produções independentes não têm nenhum dinheiro para o lançamento. Mas essa verba permitiu que a gente desenvolvesse uma estratégia e um plano de mídia com algumas ações em prol do filme”, explica Sílvia.

A primeira ação aconteceu ainda no Cine PE, com a distribuição de flyers durante o festival, tendo em vista as milhares de pessoas que foram ao São Luiz e se tornaram ‘alvos potencias’ do filme. 

Outra ideia, muito interessante, partiu de Leonardo Lacca, diretor do filme. Além de cineasta, ele é proprietário do Café Castigliani, que fica ao lado do Cinema da Fundação. Leonardo uniu a paixão por café e cinema – exposta também na história de Permanência – com a criação de um café para os espectadores.

SANGUE AZUL

Segundo Renato Ciasca, produtor de Sangue azul, está muito difícil, atualmente, conseguir-se dinheiro para a comercialização. Ele disse que o filme consumiu seis anos de esforços para ficar pronto. “Por causa da finalização em digital, o custo com as cópias em película desapareceram e essa verba ficou para ser usada na distribuição. Com isso, tivemos como preparar uma estratégia e entrar no corpo a corpo desse processo”, admite.

A participação em festivais também pavimentou o caminho do filme, que ganhou prêmios em Paulínia e o Troféu Redentor, do Festival do Rio, no ano passado. Em fevereiro, a abertura da Seção Panorama, no Festival de Berlim, e a participação no Festival de Miami, em março, também elevaram o fator positivo de Sangue azul. “A associação com a distribuidora Imovision, que já fez muito pelo cinema pernambucano, também foi importante. Ainda assim, trata-se de um lançamento pequeno, com apenas 25 cópias”, minimiza Ciasca.

Leia a reportagem completa na edição deste domingo (24/5) no Caderno do Jornal do Commercio.

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