CRÍTICA

Antigos personagens de videogames são resgatados no filme Pixels

Longa, que estreia na quinta-feira 923/7), faz a festa de quem foi adolescente nos anos 1980

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 22/07/2015 às 6:00
Sony Pictures/Divulgação
Longa, que estreia na quinta-feira 923/7), faz a festa de quem foi adolescente nos anos 1980 - FOTO: Sony Pictures/Divulgação
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Pixels, que estreia amanhã no circuito brasiliero, é um filme infantojuvenil para adultos. Até aqui, nada de novo, pois a produção hollywoodiana é quase toda voltada para adolescentes de 13 anos. Neste longa, o foco são os adultos que cresceram na década de 1980 e se divertiam em fliperamas. Para quem não lembra, fliperamas eram casas de diversões eletrônicas – uma espécie de bar para nerds, mas sem bebidas nem meninas. Eles fecharam depois que os computadores – então chamados micros – invadiram os quartos de adolescentes de todo o mundo.

A ideia de Pixels surgiu de um curta, de apenas 2 minutos, que o francês Patrick Jean lançou na internet em 2010. O projeto caiu em boas mãos. O diretor do filme é Chris Columbus, o cara que criou os Gremlins, os Goonies e dirigiu os dois primeiros longas da franquia Harry Potter. Na verdade, esse é o melhor trabalho dele em muitos anos (desde Uma Noite de Aventuras e Esqueceram de Mim).

Tudo começa com um fato quase esquecido nos anais da história: em 1982, o governo americano lançou para o espaço sideral uma cápsula lotada de artefatos culturais, com músicas, filmes, livros e videogames. Mais de 30 anos depois, o mundo – quer dizer, Washington, Nova Iorque e arredores – é invadido por forças alienígenas travestidas de personagens de jogos antigos, como Centipede, Donkey Kong e Pac-Man (o popular Come Come).

Na trama, Brenner (Adam Sandler) é um técnico em eletrônica que socorre o amigo Cooper (Kevin James), o presidente dos Estados Unidos, na guerra contra os games. Ele tem alguns aliados, o amigo Ludlow (Josh Gad ), que não via desde a adolescência, e Fireblaster (Peter Dinklage), que o derrotou num torneio e agora é um criminoso, além de Violet (Michelle Monaghan), uma bonita tenente-coronel da Casa Branca. Como num jogo, eles substituem o exército e lutam contra os invasores de 8-Bit, que transformam em pixels tudo em que tocam.

Não pense que Pixels é um filme bobo. Não é, não. É inteligente, tem uma história original e inventiva, além de uma graça especial, que nem mesmo Adam Sandler foi capaz de esculhambar. Para nossa sorte, temos um aliado: Peter Dinklage, o Tyrion Lannister de Games of Thrones, que rouba todas as cenas que aparece junto de Sandler. Na verdade, só a voz de Dinklage é um show à parte (Isso é um aviso para você assistir à versão com legendas).

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