Personagem trágico por natureza, que se equilibra num tênue fio de navalha – a um passo do fracasso ou da vitória, a depender do último soco –, o boxeador é uma figura recorrente no cinema americano. Em Nocaute, de Antoine Fuqua, em cartaz a partir desta quinta-feira (10/9) nas salas brasileiras, o boxeador Billy “O Grande” Hope (Jake Gyllenhaal) vem se reunir a uma rica galeria de lutadores.
Diante de sua atuação em Nocaute, não há como não lembrar de outros grandes atores – como Robert De Niro, Paul Newman, Hilary Swank, John Voight e Robert Ryan, entre outros – que marcaram a história do cinema com performances arrasadoras em cima de um ringue.
Embora vencedor e dono de um certo patrimônio, o boxeador não superou a violência que o cerca – nem a que carrega do berço, nem a que faz parte do próprio esporte, em que cada rival parece querer lhe tirar o suado cinturão de campeão. Seu ponto de equilíbrio é Maureen (Rachel McAdams), a menina que também foi criada no orfanato e que lhe deu uma filha, Leila (Oona Laurence).
Apesar de criar um bom capítulo de apresentação, o roteirista Kurt Sutter, da série Filhos de Anarquia, peca pelo excesso de sentimentalismo e a previsibilidade no desenvolvimento da história de Nocaute. O primeiro golpe é a virada do roteiro em que Maureen é vítima de uma bala perdida, durante uma confusão entre Billy e Escobar (Miguel Gomez), um lutador que sonha em tirar o seu título.
Leia a crítica completa na edição desta quinta-feira (10/9) no Caderno C, do Jornal do Commercio.