CRÍTCA

Perdido em Marte em estreia mundial a partir desta quinta-feira (1º/10)

Filme é lançado justamente quando a Nasa divulga que há água no planeta vizinho

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 30/09/2015 às 6:00
Fox Film/Divulgação
Filme é lançado justamente quando a Nasa divulga que há água no planeta vizinho - FOTO: Fox Film/Divulgação
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O cineasta britânico Ridley Scott, 78 anos, completa, em 2015, meio século de vida dedicada ao cinema. Em 1965, ele dirigiu o irmão Tony - também cineasta, falecido há três anos - no curta Boy and Bicycle. A partir de 1977, quando realizou seu primeiro longa-metragem, o drama de guerra Os Duelistas - Camera d’Or no Festival de Cannes -, que Ridley Scott se tornou uma espécie de iluminador de mundos.

Em mais da metade de sua filmografia, Scott revisitou o passado e vislumbrou o futuro da humanidade. Em Perdido em Marte, seu 23º longa, que estreia nesta quinta-feira (1º/10) em lançamento mundial, ele fala de um futuro muito próximo, a partir de uma ficção científica antecipatória. Com apoio da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço - a Nasa, o cineasta conta a história de um astronauta que, involuntariamente, é deixado em Marte. Nessa semana, a Nasa divulgou a descoberta de algo parecido com água no planeta vizinho, o que pode significar vida.

Dado como morto por um grupo de cientistas e astronautas que estudam o Planeta Vermelho, o especialista em botânica Mark Watney (Matt Damon) vai superar os ferimentos de um acidente provocado por uma forte tempestade, mas ficará isolado, com poucos recursos para sobreviver em um ambiente hostil e, aparentemente, sem comunicação com os técnicos que monitoram as equipes espaciais.

Espectadores apegados demais à ciência certamente vão encontrar situações improváveis no decorrer do filme. Como Perdido em Marte não é nenhuma produção do Discovery Channel, o que está em questão no filme é luta de Mark pela sobrevivência. A duras penas e muita inteligência, ele faz coisas incríveis, como provocar chuva, plantar batatas - com ajuda de certo adubo - e reciclar equipamentos de tecnologia obsoleta, deixados por outras missões espaciais.

Ridley Scott, um consumado esteta, não se excede em nenhum momento em firulas visuais. Com efeitos especiais não necessariamente espetaculares, ele se preocupa mais em envolver o espectador pela emoção e o suspense. De certa maneira, Perdido em Marte funciona como uma espécie de propaganda militar, mostrando ao mundo que a vida de um astronauta é mais cheia de aventura do que supõe a nossa vã ignorância. Não é só isso, evidentemente. Perdido em Marte é também um entretimento de alta qualidade e, surpreendentemente, muito divertido.

Leia a crítica completa na edição desta quarta-feira (30/09) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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